Rafael Cortez e demais integrantes do extinto 'CQC'
Reprodução/Instagram
Rafael Cortez e demais integrantes do extinto 'CQC'


Rafael Cortez, alçado à fama por meio de sua escalação para o elenco do "Custe o Que Custar", em 2008, usou o seu perfil no Instagram para destacar que, se, ainda estivesse no ar, o semanal, pilotado por Marcelo Tas, completaria exatos quinze anos, nesta sexta-feira (17). O multitalentoso artista (sim, Rafa atua, canta, entrevista, apresenta e faz rir) ressaltou que procura não acompanhar temas relacionados ao formato e explicou o porquê. 

"Em geral, é algo que me faz mal. Logicamente, porque lembro que não tenho agora o sucesso, a constância de salário, os upgrades de grana (publicidade e shows lotados com sessões extras) e a evidência que o programa dava. Não posso negar que isso pega um pouco, ainda que tenha me estruturado de modo prático e emocional para os dias de hoje — sabia que era passageiro. Eu já tinha 31 anos quando entrei e sempre coloquei minha cabeça no lugar", começou dizendo.


Em seguida, continuou: "O que realmente me dói, e é por isso que não assisto ao 'CQC', nem é pensar que acabou. É constatar que ele não teve genéricos. Não foi o pai de novas versões, melhores ou piores. E que, passados quase oito anos de seu fim, nada parecido aconteceu. O fato é que o revolucionário, provocativo e contundente 'CQC', que bebeu das provocações do Ernesto Varela do Tas, e do saudoso 'TV Pirata', entre outros, foi a última coisa 'pé na porta' que a TV aberta exibiu".

De tão atento ao produto que vende, Cortez dá um show à parte nos argumentos. Não à toa, acrescentou que, atualmente, reina nesse universo a acomodação. Afirmou que é como se a televisão brasileira cedesse gradualmente à preguiça do público e às ideias ruins, as quais classificou como burras, toscas e pobres, "de dancinhas do TikTok". Reclamou que a maior emissora do país sequer tem um humorístico, tampouco um núcleo voltado para o segmento. "Percebem o caos?", indagou.

Rafael Cortez na época do 'CQC'
Reprodução/Instagram
Rafael Cortez na época do 'CQC'


A partir da interação dos usuários (anônimos e famosos, como as apresentadoras Alinne Prado, Maíra Charken e Sabrina Parlatore e o ator Felipe Roque), Rafael fez as suas considerações finais: "Num Brasil cada vez mais de redes sociais, de clamor por textos de linhas, e não parágrafos, de livros curtos e com muitas ilustrações, e de consumo de conteúdo em passadas de dedo na tela, fica difícil mesmo ter um novo 'CQC'".


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