Marcelo Rubens Paiva e Léo Lins
Reprodução/Instagram
Marcelo Rubens Paiva e Léo Lins


Quem também resolveu se manifestar a respeito da polêmica envolvendo a decisão judicial de restringir o stand up de Léo Lins foi Marcelo Rubens Paiva, autor de "Feliz Ano Velho", obra de ficção nacional mais lida dos anos 1980, com mais de 1,5 milhão de exemplares.

Ao compartilhar um post que dizia "esse é o tipo de conteúdo que o Fabio Porchat saiu para defender" e continha sátiras como "o negro não consegue arrumar emprego, mas, na época da escravidão, já nascia empregado e também achava ruim", o roteirista e escritor não escondeu a indignação.



"Essa piada não apenas é violenta, alimenta o racismo, como é desinformada. O negro na escravidão não nascia empregado, nascia escravizado. Não trabalhava por opção, apanhava ou era estuprada se não o fizesse", escreveu Paiva, intensificando um debate sobre essa tendência de produzir, distribuir ou manter no ar material depreciativo ou humilhante a qualquer categoria considerada minoria ou vulnerável.

Para finalizar as suas reais impressões sobre o caso disseminado na internet, ele assegurou: "É muito grave quando um humorista se defende afirmando que não feriu as diretrizes do YouTube. Soberana é a Constituição. As regras estão no Código Penal. Rede social não é Estado, é um empreendimento empresarial que gera lucro".



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