Marcius Melhem e Daniela Ocampo
Reprodução/Globo
Marcius Melhem e Daniela Ocampo


Daniela Ocampo , que era braço direito de Marcius Melhem no humor da Globo , se manifestou nesta segunda-feira (7) sobre os casos de assédio que envolvem o ex-diretor da emissora. Citada na reportagem da revista Piauí por ter mobilizado a equipe do 'Zorra' para fazer um abaixo-assinado apoiando o colega, a roteirista afirmou que jamais acobertaria violência contra mulheres.

"Meu nome apareceu na reportagem da revista Piauí gerando uma série de reações. E por mais que essa história não seja minha, algumas coisas precisam de respostas e posicionamento. Quando o repórter me procurou para a matéria sobre o caso Marcius, eu não me senti confortável com a abordagem das perguntas. Não quis dar entrevista porque, como aleguei para ele, é um caso grave e que não deveria ser tratado assim, mas dei uma declaração real: 'Agi de acordo com as convicções que eu tinha na época'", escreveu em seus stories do Instagram.

"Os abaixo-assinados referiam-se ao fato de o programa ' Fora de Hora ' não ser um plágio do ' Furo MTV ' e de, ao contrário, do que havia sido armado por um jornalista, não haver assédio moral no ambiente de trabalho do 'Zorra'. Amigos e equipe me procuraram, pois queriam se pronunciar formalmente contra essas acusações. Na época, nenhuma informação contrária a essa havia sido falada. E, principalmente, a gente não sabia de nenhuma denúncia de assédio sexual”, continuou.

“Só alguns meses atrás comecei a ouvir histórias e pessoas me procuraram e eu as procurei. Entendi que não sabia muita coisa e que por trabalhar diretamente com o Marcius muita gente se afastou de mim”, explicou Daniela, que, até o momento em que a carta foi elaborada, não tinha conhecimento dos casos de assédio sexual.

“Ainda estou. Por mais que as pessoas adorem culpar as mulheres por não terem visto isso ou aquilo, é possível não ver sim. A gente não sabe das relações que as pessoas têm na vida pessoal delas, na intimidade. A estrutura machista/patriarcal é feita para isso: afastar, intimidar e silenciar. Deixo declarada minha admiração a todas as mulheres que têm coragem de expor as violências que sofreram. Sou mulher e carrego meus fantasmas. Jamais acobertaria violência contra mulher. Todas as vítimas têm o meu apoio, meu respeito e a minha admiração. E, por favor, parem de culpar as mulheres por tudo”, finalizou.

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