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Em seguida, ele, que mora na Europa há mais de três décadas, viajará pelo interior do estado do Rio de Janeiro e Minas Gerais. A ideia é levar a produção até os palcos europeus.
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Em seu currículo constam aproximadamente 14 láureas internacionais, sendo uma delas por ter vencido Jeremy Irons e John Malkovich no Charrington London Fringe Awards, em 1988. A consagração veio pelo papel que escreveu, dirigiu e protagonizou no espetáculo "Olhares de Perfil — O Mito de Greta Garbo". Aliás, Roberto Cordovani foi o primeiro latino a receber tal prêmio em Londres.
Ah, e, no segundo semestre de 2021, foi lançado o livro "Infinitas Faces — A Construção do Ator", de Thelma Bertozzi, sobre o seu método de interpretação. Confira os melhores momentos do bate-papo na íntegra!
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1. Por que a escolha de "Morte em Veneza"?
São vários os motivos: a qualidade do texto, a sutileza nas emoções e a possibilidade de criar um gráfico interpretativo com vários matizes, mesclado a atualidade do tema, porque se fala do humano, da problemática das imagens nas relações e de nossa própria solidão, redescobrir-se, fez com que aceitasse e mergulhasse no universo de Thomas Mann.
2. E como tem sido o retorno de quem assiste?
Público é público em toda parte do mundo. Precisa ser avisado, "catequizado", motivado...
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3. Como observa essa retomada depois de dois anos de pandemia?
Em São Paulo, remontei "Olhares de Perfil", estreando em julho de 2021, quando liberaram 40% da plateia. Foram sessões emotivas, estávamos nós (o auditório e os atores) com falta desse contato, dessa catarse que se faz em uma sala de espetáculos. De lá para cá, não parei.
Durante a quarentena, Thama Bertazzi escreveu uma obra sobre a minha trajetória, lançada em novembro de 2021, intitulada "Infinitas Faces (A Construção do Ator Roberto Cordovani)".
4. Usualmente, vemos estrangeiros elogiando o brasileiro quando fazem apresentações aqui. Como você, que já trabalhou em diversos países, enxerga isso?
O Brasil ainda tem o mito de "quem faz televisão" para uma movimentação maior ao teatro. É um público geralmente desatento. Por mais que esteja sendo notificado, seja pelos meios de comunicação, seja pelas redes sociais, por vezes, a informação passa, e aí tem que se fazer o trabalho de motivação.
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5. Impossível não citar que você já ganhou várias premiações lá fora, inclusive concorrendo com nomes como John Malkovich e Jeremy Irons. O que esses títulos trouxeram para sua carreira?
Continuidade de ofícios bem estruturados. A consagração de um ator é o dia a dia, produzindo, recriando, se estruturando, baseado na inquietação e saindo da "zona de conforto". Ganhei visibilidade e a certeza de que tenho que exercer minha função como se nada tivesse acontecido. Prêmio é relativo.
6. Como foi fazer parte do elenco de "Novo Mundo?" Há possibilidades de voltar aos folhetins?
O país está se desenvolvendo diariamente contra várias amarras, discriminação, criando políticas efetivas. Todavia, temos um longo caminho a percorrer e a conscientizar a todos e todas.
Quero voltar às novelas ou séries, desde que o personagem e o contexto me ajudem a contar e a mexer com o inconsciente. A arte é poderosa demais. E somos um filtro, o ator e todas as suas infinitas faces.
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7. Aliás, quais são os seus próximos passos profissionais?
Vou fazer com o Vinicius Coimbra, paralelamente à "Morte em Veneza", "O Beijo da Mulher Aranha". Vamos ver se conseguimos os direitos autorais. E estou elaborando um roteiro para o audiovisual, quase finalizado, sobre violência de gênero homoafetivo. "Broadway Station" é sobre a Broadway dos anos 50 em que tive a colaboração da minha querida amiga e parceira Vanessa Gerbelli.