"Dever cumprido." Assim pode ser descrito o sentimento do fundador Walter Cavalheiro e de todos os profissionais que se empenharam ao máximo (tudo fluiu de forma organizada, dava até gosto de ver) para levar o melhor das "comemorações tipicamente alemãs" para a sexta edição da São Paulo Oktoberfest, que iniciou no dia 6 e chegou ao fim neste fim de semana, no complexo do Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo.
Além das diferentes atrações gastronômicas e musicais, o último domingo da programação foi marcado pela empolgação da banda de forró universitário Falamansa, que está viajando o Brasil com o show em comemoração aos 25 anos de carreira. Em entrevista ao iG, Ricardo Cruz, o vocalista Tato, mencionou que a sua relação com Dézinho, Alemão e Valdir vai além da grande amizade. Confira abaixo.
1. Qual o segredo de tanta sinergia e parceria dos integrantes?
Faz tempo que estamos com a mesma formação, e a cada dia conseguimos perceber que o que nos mantém é o propósito em comum. Em qualquer sociedade, profissão, é quando você está atentando para o mesmo lugar e não pensa em outras coisas, olhando para o lado, a grama do vizinho, os estilos musicais dos demais.
No entanto, fazendo com o objetivo em questão, não tem por que sair ou mudar alguém, ou ter briga de ideias. A Falamansa está sintonizada nisso. Todos nós queremos e buscamos a mesma coisa, por isso estamos juntos.
2. Nos primeiros dois discos, vocês tiveram logo três hits radiofônicos que tocaram no país inteiro, aquela loucura toda. O que você sentiu de diferente na indústria fonográfica nestas duas décadas de história?
Creio que o mundo vai sofrendo alterações naturalmente, bem como a música, né? Então, acredito que o maior segredo da Falamansa não é o que mudou, mas o que não mudou. Foi manter as raízes, nossa proposta, letras que façam bem, sejam positivas e levem uma boa mensagem por meio da canção. Assim, manter isso fez com que chegássemos a esse público novo. Hoje, vemos uma nova geração cantando Falamansa.
E, 25 anos depois, quando olhamos para o lado, falamos: "Cara, que bom que tivemos essas escolhas, nos mantivemos fazendo o que fazíamos, não mudamos para agradar os outros, e sim trouxemos os outros para nós". Atualmente, a Falamansa acaba virando uma referência de estilo musical, de tradição nos festejos juninos, por exemplo. É algo em que precisamos trabalhar muito para merecer, porque é muita coisa, muita bênção.
3. Qual é a música xodó dos integrantes e por quê?
"Rindo à Toa" é uma que fala, talvez, da maior temática que uso nas minhas letras desde o começo. Sintetiza a identidade da banda, que é a de querer fazer as pessoas felizes até nos momentos difíceis. A gente acabou criando essa característica muito por conta dessa faixa. Portanto, diria que foi esta que nos fez, nos moldou. Tenho um enorme carinho por ela.