Com ingressos esgotados para este fim de semana, duas datas extras para junho e palavras de ordem da plateia contra o presidente brasileiro, Caetano Veloso subiu ao palco do Espaço das Américas, nesta sexta-feira (6), para uma apresentação histórica, tanto pelo período "quase pós-pandêmico" quanto pelo fato de estar completando oito décadas de vida este ano.
Como de praxe, alguns nomes estrelados foram conferir de perto o espetáculo, como os casais Drauzio Varella e Regina Braga, e Chay Suede e Laura Neiva, além de Seu Jorge, João Vicente de Castro e Regina Casé. Chay, aliás, era um dos mais animados. Para quem não se lembra, ele chegou a declarar no "Caldeirão", mas na época do Huck, que "só começou qualquer coisa por causa de Caetano".
Embora gravações inéditas como "Anjos Tronchos", "Sem Samba Não Dá", "Não Vou Deixar" e "Noite de Cristal" tenham contagiado os fãs durante praticamente duas horas, os maiores instantes de emoção ficaram por conta de clássicos do repertório como "Sampa", "Reconvexo", "Menino do Rio", "Lua de São Jorge" e "Odara", cantada a plenos pulmões pelo público.
Em texto divulgado previamente, o artista já havia comentado o critério de escolha do repertório: "Procuro juntar peças marcantes do álbum com obras que registrem momentos históricos. A presença de algo antigo mas quase desconhecido — como a de umas e não outras faixas do disco 'Meu Coco' — ilumina o que quer dizer a eventual aproximação de um surrado sucesso óbvio com uma igualmente óbvia canção marcante do álbum novo".