Como noticiado em primeira mão por esta modesta coluna, Amanda Meirelles acionou a Justiça e promoveu um caça às bruxas aos perfis que a atacaram durante meses.
Os 15 perfis responsáveis pelas ofensas pessoais, agressões e imputações ilícitas no Twitter/X serão responsabilizados por seus xingamentos, como "Peppa Pig", "sebosa", "porca", "fedorenta", entre outros adjetivos.
O processo lista inúmeros prints com os comentários negativos feitos por diferentes perfis na rede social. Aqui estão os exemplos mais chamativos: "Até parece que essa sebosa se movimenta", "Muito mais cretina essa Porca", "Imagina se vou querer um ser fedorento desse", "Peppa", "Sebosa dos infernos", "Não toma banho; não tem higiene bucal", "Imunda", "Deve ter um bafo horrível por conta dessa gosma que tem na boca", "Esgoto", "Nojeira e burrice", "Pernas gordas e brancas", "Dorminhoca", "Monstro", "Acamada, sebosa, nojo, fede", "Essa sebosa sempre foi medíocre", "Cretina horrorosa", entre muitos outros.
Em setembro de 2023, a campeã da 23° edição do reality show da Globo registrou um Boletim de Ocorrência relatando os crimes virtuais. Dois meses depois, ela optou por recorrer à Justiça. Com sua equipe de advogados, Amanda Meirelles acusou os perfis de crime de cyberstalking, injúria, perseguição e dano emocional, e solicitaram a exclusão das contas e das publicações ofensivas.
Além disso, estipulou uma multa diária de R$ 5 mil aos que descumprirem a regra e pediu para arcarem com os pagamentos das custas processuais, honorários advocatícios, no importe de 20% e demais despesas processuais. O juiz Fabio In Suk Chang, responsável pelo caso, ainda solicitou a quebra de sigilo dos perfis do Twitter.
Com isso, foi possível localizar boa parte dos autores das ofensas, e a maior parte do grupo já recebeu a notificação e deletou as postagens de cunho pejorativo feitas contra a campeã do BBB 23. E essa foi a primeira conquista de Amanda Meirelles em meio ao terror que viveu na rede social.
Com isso, o processo conseguiu ter acesso a todos os dados dos perfis que proferiram ofensas a ela. Um deles inclusive é do Chile, "não havendo conexões com o Brasil". O Twitter/X informou os dados dos perfis responsáveis, mas reiterou que "não coleta dados de qualificação pessoal, filiação, nem endereço, de modo que foram produzidas as informações de registro da conta conforme informadas pelo usuário" e que suas operadoras "coletam obrigatoriamente e fornecem os registros de acesso (endereço de IP, data e hora) disponíveis dos seis meses anteriores à citação".
"Como provedor de aplicações, possui obrigação legal de coletar e fornecer somente registros de acesso, assim entendidos por IP de login do usuário na plataforma com data e hora GMT, e nenhum outro dado. Embora não colete dados cadastrais compulsoriamente, eventualmente dados como e-mail e telefone podem ser registrados espontaneamente pelos usuários, circunstância em que podem ser fornecidos mediante ordem judicial, como se demonstrou no caso concreto, tendo fornecido os estes dados para as contas dos quais dispunha na ocasião do cumprimento da decisão liminar", pontuou.
*Texto de Júlia Wasko
Júlia Wasko é estudante de Jornalismo e encantada por notícias, entretenimento e comunicação. Siga Júlia Wasko no Instagram: @juwasko