Fora da CNN Brasil desde a última quarta-feira (19), Felipe Moura Brasil falou sobre sua saída do canal de notícias nas redes sociais. O comunicador tem dado a entender que foi demitido da emissora por retaliação após ter criticado a decisão da Procuradoria Geral da República em denunciar o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) por caluniar o ministro do STF, Gilmar Mendes. No entanto, quem é esse comunicador?
Felipe Moura Brasil tem 41 anos e, além do seu antigo trabalho como âncora do CNN Arena, ele mantém uma coluna no O Estado de S. Paulo e está na equipe da rádio Eldorado FM.
Antes de estar no canal de notícias, ele foi diretor de jornalismo da Jovem Pan . O comunicador teve passagens pelos O Antagonista, Veja, Editora Record, UOL e BandNewsFM. Já no campo político, o jornalista se destaca como um dos maiores influencer sobre o tema com 1,5 milhão de seguidores nas redes sociais.
Entenda o que aconteceu entre a CNN Brasil e Moura Brasil
Enquanto a emissora afirmou por meio de nota que o comunicador foi desligado após não ter chegado a um acordo sobre suas próximas aparições, o ex-âncora do CNN Arena afirmou nas redes sociais em um recado que "nunca deixará a vigilância ácida por medo de retaliação".
O comunicador, por sua vez, pensa diferente. Em um recado replicado em todas suas redes sociais, o jornalista afirmou que acreditou ter sido derrubado do canal do notícias após ter zombado da Procuradora Geral da República por ter denunciado o senador Sergio Moro por calúnia contra o ministro do STF, Gilmar Mendes. Na ocasião, o política afirmou em uma conversa que o magistrado vende habeas corpus.
"Jamais fui nem serei cúmplice da prisão de alguém, só por piadas privadas, vazadas em registros de terceiros. Tive a mesma posição, em épocas distantes, com Lula (Pelotas), Hillary Clinton e Sergio Moro, entre outros ", disse ele.
"Seguirei ironizando denúncias ineptas sobre isso - sem data, local, contexto - e/ou contra desafetos do sistema, ainda mais quando eu mesmo divulgar um vídeo que confirma o contexto da brincadeira (como 'prisão' de festa junina). Ironizar erros e abusos de autoridades públicas é tradição na imprensa brasileira (Lima Barreto, Pasquim, Nelson Rodrigues, Paulo Francis, Diogo Mainardi, entre outros), assim como pedidos de cabeça por parte delas. Nunca deixarei a vigilância ácida por medo de retaliação", finalizou.
*Texto de Daniele Amorim
Daniele Amorim é jornalista formada pela Anhembi-Morumbi com pós-graduação na USP. Apaixonada por música, séries, futebol, maquiagem e falar amenidades no Twitter. Siga: @eudaniamorim.