Tinha tudo para dar errado ou ser uma enorme confusão. Mas Maria Beltrão mostrou, mais uma vez, porque foi promovida ao entretenimento da Globo. Em sua estreia no É De Casa neste sábado (9), ela deu um curso intensivo de 5 horas a Patrícia Poeta
sobre como liderar um grupo com respeito, carisma e profissionalismo com qualidade, generosidade e repertório.
A função da ex-apresentadora da GloboNews era enorme: comandar pela primeira vez um programa com 5 horas de duração ao vivo e repleto de pautas diversas, entrevistas, convidados, ações de merchandising e um cenário gigantesco. Além disso, tinha outros três colegas com quem precisava dividir a cena. E ela fez tudo isso com a tranquilidade de uma veterana de mais de uma década no comando da mesma atração.
Maria deu espaço para seus colegas do É De Casa brilharem individualmente. Rita Batista, Thiago Oliveira e a veterana Talitha Morete, única remanescente do time de apresentadores da versão anterior, não foram atravessados, interrompidos e muito menos silenciados pela líder do grupo.
E o efeito foi imediato. Nas redes sociais há uma avalanche de elogios ao seu desempenho. E não somente ela recebeu comentários positivos. O trio de coapresentadores também teve a aprovação da audiência e mostrou uma sintonia além da média, algo que o É De Casa, em seus sete anos de existência, nunca conseguiu mostrar desde sua inauguração.
Afinal, o programa, quando foi criado em 2015, abrigou diversos nomes superestrelados. Não havia um líder definido. E os atropelos eram frequentes. Não faziam por maldade, era notório. Mas todos estavam acostumados a terem mais protagonismo em seus trabalhos anteriores. E de repente se viram "obrigados" a aprender a dividir a cena com outros cinco colegas.
Estes atropelos não foram detectados neste sábado. Se houve, passou batido pela coluna. Sintonia é a palavra que define este elenco. Respeito, carisma e generosidade foram os subtemas implícitos na conduta do novo É De Casa.
Maria Beltrão é uma líder nata. Sabe de seu talento e tem a consciência de que não precisa atravessar os colegas e muito menos silenciá-los ao vivo para mostrar o motivo da direção da Globo colocá-la nesta função. Uma aula para Patrícia Poeta, que em uma semana no comando do Encontro ainda está em desencontro com o programa, com Manoel Soares e com o tom necessário para comandar um matinal.