Advogados alertam que, além de medidas legais, é importante a realização de acompanhamento psicológico e assistência social abrangente
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Advogados alertam que, além de medidas legais, é importante a realização de acompanhamento psicológico e assistência social abrangente


A apresentadora Ana Hickmann mostrou o hematoma em seu braço , durante a exibição do programa “Hoje em Dia”, na última quinta-feira (16). O resultado da violência doméstica sofrida pelo marido Alexandre Corrêa, no último final de semana, teve ampla repercussão nos últimos dias, tendo o ocorrido afetado também o filho do casal que, segundo relato de Ana, presenciou toda a situação.


De acordo com os advogados Diego Lozano e Marcus Vinícius Castelo Branco da Costa, a violência doméstica pode gerar consequências e danos em diversas esferas. “O testemunho de um episódio deste pelos filhos pode perdurar efeitos por um período muito maior do que inicialmente imaginado e, certamente, estabelecer um ciclo prejudicial e amplo”, pontua Diego Lozano.

“Quando um filho homem presencia um ato de violência poderá ocorrer o risco de normalizar esse comportamento e considerá-lo aceitável como padrão. Em diversas situações poderá levar à reprodução de um comportamento semelhante em seus próprios relacionamentos, seja afetivo, escolar ou de amizade”, complementa o especialista Marcus Vinícius.

O advogado complementa: “As filhas poderão internalizar a ideia de que ser vítima é algo comum e aceitável em relacionamentos. Elas podem desenvolver a crença de que conflitos, ofensas e ferimentos são parte normal de um relacionamento, perpetuando esse padrão em suas vidas futuras”.

Segundo os especialistas, a complexidade de uma situação deve ser trabalhada de modo multidisciplinar. “Além de medidas legais é preciso a realização de acompanhamento psicológico e assistência social abrangente. É importante que as crianças tenham uma compreensão de que tal comportamento não é normal, é repudiado e possui consequências sérias.

“A violência doméstica pode influenciar questões relacionadas à guarda e à convivência, além de resultar na destruição de vínculos familiares. Trata-se de um mal que não afeta somente a vítima direta, mas a todos os envolvidos no contexto familiar, gerando danos psicológicos duradouros”, enfatizam os profissionais jurídicos.

** Davi Brandão é jornalista com atuação no campo da Comunicação há quase 25 anos, circulando pelos diversos segmentos do entretenimento.

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