Vladimir Brichta
Divulgação Globo
Vladimir Brichta


Vladimir Brichta considerou uma 'burrice' a prática de algumas produtoras em escalar atores para trabalhos baseados somente no número de seguidores nas redes sociais. Para o ator, o engajamento de influenciadores não é garantia de fazer o trabalho ser um sucesso em produções para televisão e cinemas. 


Ele criticou a escalação de nomes baseados nas redes sociais e deu um exemplo usando o filho, Vicente, de 15 anos, fruto do relacionamento com Adriana Esteves. "O meu filho Vicente quando pequeno gostava de um youtuber. E esse youtuber fez uma peça de teatro que circulava o país com muito sucesso. Eu e a Adriana levamos ele, e ele ficou super emocionado de assistir", conta. 

"Mas a peça de teatro não era boa, e o youtuber não era ator. Ele era um rapaz que se comunicava bem com aqueles jovens. Não era bom, no entanto era lotado. Eu tenho certeza de que ele fez muito dinheiro com aquilo", afirmou. 

Ele então, diz que o engajamento não dá mais chance para o sucesso. "Então, isso é um bom exemplo pra dizer: se você tem um engajamento grande, você até pode fazer uma temporada de muito sucesso e lotar casas de shows Brasil afora. Mas, primeiro: isso não faz de você um ator. E, segundo: isso não faz uma carreira", diz.

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"Quando a gente fala de uma carreira, a gente está pensando a longo prazo. E a longo prazo a gente não sobrevive se não tiver as ferramentas corretas", afirma. Ele também disse ser uma 'burrice' escalar pessoas com muitos seguidores para grandes produções. 

Ele também lembrou que o engajamento ajuda apenas na repercussão inicial, mas o talento é o que garante o sucesso. "Se você quiser fazer uma novela de 160 capítulos, pode até pegar aquela pessoa de 100 milhões de seguidores. No primeiro dia que ela aparecer na novela, talvez bata recorde de audiência", disse. 

"Mas não vai continuar dando recorde ao longo de 160 capítulos. O único jeito dessa novela ter uma audiência boa é se tiver uma série de talentos envolvidos com aquilo: atores, diretores, cenógrafos, figurinistas", opinou.

"Carreira é a longo prazo. Se esse cara não tiver embasamento e domínio sobre aquilo, não vai durar. Ou seja, é uma burrice escalar alguém pra fazer uma peça de teatro, uma novela ou um filme porque aquela pessoa tem muitos seguidores", diz. 

O veterano na televisão também contou que ele e Adriana Esteves não possuem perfis na internet e pretendem seguir a vida offline.

"Somos pessoas naturalmente mais discretas. A gente tem uma sorte tremenda de que nosso trabalho chegue às pessoas. Eu fico muito feliz, e sei que ela também, que o nosso trabalho precise chegar sem que a gente precise chegar junto", disse.

** Luiza Lemos é jornalista, especializada na cobertura de entretenimento e celebridades. No iG desde 2020, escreve para o iG Gente, mas já passou pelas editorias de Delas, Queer, Receitas e Turismo. Da praia para a serra, é de Santos e formada na Universidade Metodista de São Paulo. Além de escrever, é sommelier de memes, adora televisão e não deixa uma boa fofoca deixar de ser comentada.

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