Isabela Scalabrini e Diego Maradona
Reprodução/Globonews
Isabela Scalabrini e Diego Maradona


A jornalista Isabela Scalabrini foi a primeira mulher a cobrir uma Copa do Mundo, em 1986, no México. Em participação no 'Estúdio I', da GloboNews , nesta quarta-feira (25), a profissional contou que Diego Maradona foi um apoio muito importante que teve para combater o machismo que sofreu na época.

"Cheguei para cobrir a Argentina e todo mundo queria falar com ele. Todos os jornalistas eram homens e eu fui entrando. Perguntei sobre o início do treino e se o Maradona estava no vestiário", disse Isabela, iniciando o relato. "Eu nunca vou me esquecer que todo mundo riu. Disseram 'O Maradona só está esperando você chegar', ironizando", contou.

A jornalista disse que, mesmo sob os deboches, entrou, se apresentou e pediu uma exclusiva para o Brasil. "Em 1 minuto, ele sai do vestiário e vem na minha direção", relembrou. Durante a entrevista, Isabela conta que Maradona foi muito simpatico, elogiando grandes craques brasileiros, como Zico e Sócrates, e a Seleção Brasileira.

A simpatia do argentino foi muito importante para que a jornalista suportasse a pressão que sofreu na época. "O Maradona me ajudou a superar um episódio de machismo . Todos que me ironizaram chegaram para aproveitar aquela entrevista".

Morte de Maradona

O anúncio da morte de Maradona foi feito pelo argentino "Clarín".  O astro do futebol, que marcou época defendendo a seleção do seu país e o Boca Juniors , não teria resistido uma parada cardiorrespiratória.

Maradona passou mal pela manhã. Seis ambulâncias foram chamadas para atender o ex-jogador, mas os médicos não conseguiram salvá-lo.

Maradona havia deixado o hospital há duas semanas após ser internado para tratar uma hematoma no cérebro. Depois disso o ex-camisa 10 da Argentina foi levado para casa, na cidade de Tigre, região metropolitana de Buenos Aires, para terminar a recuperação. A recomendação médica é que Maradona cuidasse principalmente da dependência química de remédios e de álcool.

Com uma carreira rodeada de polêmicas e o vício em drogas, também atuou como técnico da Seleção Argentina entre 2008 e 2010. Também ocupou o cargo de vice-presidente da Comissão de Futebol do Boca Juniors e foi comentarista esportivo e apresentador de televisão.

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