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Sindicato dos Radialistas do Rio de Janeiro afirma que a emissora quer explorar ao máximo o acúmulo e o desvio de funções não remunerados

Não se fala em outra coisa a não ser as polêmicas demissões da Globo. Isso porque o Sindicato dos Radialistas do Rio de Janeiro (SindRadTv-RJ) acusou a emissora de se beneficiar da nova lei trabalhista, de 2017, para demitir centenas de pessoas e substituir o trabalho CLT, por serviços desregulamentados de vínculos PJ e terceirização, de acordo com o site NaTelinha .

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Na última semana, cerca de 300 pessoas foram demitidas da Globo e alguns dos maiores diretores da emissora, como Dennis Carvalho e Rogério Gomes, o Papinha, tiveram seus salários reduzidos pela metade.

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"O projeto que a Globo aplica hoje é planejado há muito tempo. Mais que uma fusão das empresas do grupo, o que está em jogo é uma  junção do corpo de funcionários, para explorar ao máximo o acúmulo e o desvio de funções não remunerados", aponta a nota divulgada.

"Desde os anos 1970, a Lei dos Radialistas garantia remuneração adicional para todas e todos os trabalhadores em rádio e TV que exercessem varias funções ao mesmo tempo para a empresa. Só o SinRadTv-RJ converteu milhões de reais em indenizações para os trabalhadores colocados como 'faz tudo' sem a remuneração correta. Isso não ocorria só na emissora, mas como a maior empresa do setor ela também teve a maior influência na desregulamentação trabalhista que pôs fim a esses direitos".

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O comunicado do Sindicato sobre a crise na Globo ainda aponta que "até 2017, a legislação brasileira proibia a prática unilateral de demissões em massa, e orientava-se que a direção sempre dialogasse antes com representações dos trabalhadores. Desde que a CLT foi desregulamentada pelo governo Temer e parlamentares  como o atual Presidente Bolsonaro, a regulação de demissão em massa ficou na gaveta", diz.