Quando o “Vídeo Show” saiu do ar em janeiro, muito se especulou sobre o que aconteceria com a grade da emissora. Fernanda Gentil era o principal nome para assumir, mas até agora nada foi concretizado. A mudança, ao lado do fim do “Bem-Estar”, foi decidia por Mariano Boni, que assumiu no final de 2018 os programas de entretenimento com entrevista.
É verdade que o “ Vídeo Show ” não ia bem e deixava a Globo em segundo no Ibope com frequência, mas seis meses depois, nada foi feito de fato para melhorar o horário. Possibilidades como a mudança de Fátima Bernardes para as tardes, foram cogitadas, mas nada é concreto até agora.
Gentil pode nem mesmo estrear em 2019, o que deixa um “buraco” atualmente ocupado pela “Sessão da Tarde”, que derruba a audiência dos jornalísticos anteriores e se mantém na média de 10 pontos. Enquanto isso”, Fabíola Reipert garante vitória constante para a Record com “A Hora da Venenosa”.
O período da tarde é o mais inconstante atualmente no que diz respeito a audiência, e a mudança feita pela Globo até agora não teve efeito. Há 35 anos no ar, o “Vídeo Show” sumiu sem ter um substituo a altura, e poderia voltar a grade da emissora.
Prós
A atração já passou por muitas mudanças, estabeleceu nomes com André Marques e Miguel Falabella na casa, e virou um companheiro dinheiro de quem assiste TV. Nos últimos anos, não foram poucas as tentativas de atualizar a atração, que lida com os famosos da casa, mas sem a vertente de fofoca que os concorrentes dão.
Ainda assim, é o único programa que mostra os bastidores dos programas e, se feito da maneira certa, tem um olhar sobre o canal e as celebridades que mais ninguém tem.
Além disso, a atração estava consolidada na grade. Considerando o público do horário, formado principalmente por mulheres e pessoas acima dos 50 anos, a resistência a mudanças aumenta e emplacar qualquer outro programa é mais difícil.
O último “Vídeo Show” foi ao ar em 11 de janeiro, com direito a despedida emoção dos apresentadores, Sophia Abrahão e Joaquim Lopes. Mas, antes disso, já foi considerado o “quebra galho” para evitar que artistas fossem para a geladeira. Se retornar, a atração poderia apostar em um nome grande e querido dentro da casa como, por exemplo, Angélica.
Sem ocupação na Globo desde o fim do “Estrelas”, ela tem afinidade com a atração, e poderia receber os famosos para conversas mais extensas, como vazia no programa de sábado. A loira, inclusive, chegou a gravar um piloto , que tinha previsão de estrear em abril.
Contra
Uma vez que o programa já saiu da grade, trazê-lo de volta pode não fazer mais sentido. Mas, para seguir em frente com as mudanças, a Globo tem que ser mais ousada, coisa que Mariano parece não ser.
Tirar o “Vídeo Show” do ar abre espaço para inúmeras possibilidades, e nomes não faltam. Além de Angélica, Patrícia Poeta, a própria Sophia Abrahão e até mesmo Adriane Galisteu podem ser usadas no horário. Nomes que estão em outros canais do grupo, como Astrid Fontenelle, Fernanda Paes Leme e Fernanda Rodrigues também merecem um olhar especial, por triunfarem em suas respectivas atrações no GNT. Com a audiência em baixa, não há muito o que errar e arriscar algo novo é a melhor chance do canal.
A “Sessão da Tarde”, também no ar a muitos anos, tem espaço por ser um filme que passa entre um programa e outro, mas não serve como “carro chefe” do horário. A tarde da Globo hoje, com a sequência de filme, reprise de “A grande Família” e “Vale a Pena Ver de Novo” tem cara de velha.
Leia também: Mesmo sem “Vídeo Show”, Globo sofre na audiência vespertina e deve inovar
Apostar em uma novidade – seja ela qual for – deixaria o canal em melhores condições, mesmo que a atração não vingue. Qualquer coisa é melhor do que horas de conteúdo de décadas passadas. Sem o “ Vídeo Show ” nada é ao vivo ou atual, o que transmite para o público como descaso com os espectadores que sintonizam no canal.