Shakira passou sete anos longe do público paulistano e na noite deste domingo (21) fez o que pôde para compensar a demora em voltar. A cantora, que tem intimidade com os brasileiros e já passou por aqui diversas vezes, aproveitou para falar português e entregar seus maiores hits em show no Allianz Parque em São Paulo.
A colombiana subiu ao palco 15 minutos antes do previsto usando um look simples porém cheio de transparências, e já começou entregando para o público uma de suas principais faixas, Estoy Aquí . Um dos primeiros singles de sua carreira, a faixa está presente em “Pies Descalzos”, de 1995, disco que daria visibilidade internacional a Shakira .
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Ela seguiu o momento nostalgia do show com outro clássico do mesmo álbum, Donde Estás Corazon
e o público estava ganho. Ela seguiu com She Wolf
e então ficou evidente que a cantora ainda não está 100% recuperada da cirurgia nas cordas vocais que a fez adiar a turnê. Sua voz estava baixa e em boa parte da música a voz do público sobressaia a sua. Assim se seguiu por boa parte do show, com ela se poupando e buscando tons que forçassem menos sua voz.
Nada, porém, que atrapalhasse o andamento da apresentação. Sempre falando em português, ela agradeceu aos fãs e ressaltou seu apoio “nos bons e maus momentos”.
A primeira etapa do show é dedicada a faixas de toda a sua carreira, mas que não ganharam o status de hit. Do disco novo, ela apresentou Nada
, Amarillo
, Me Enamoré
e Chantaje
, esta uma parceria com Maluma, que aparece no telão. E é justamente nesse momento que o show muda de ritmo e ela destila hits.
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La Tortura , Loka , Rabiosa e Whenever, Wherever fazem o público cantar junto, mas é em Waka Waka que ela finalmente coloca todos para dançar. No bis mais músicas de “El Dorado”, Toneladas, seguida por Hips Don’t Lie . A noite termina com La Bicicleta que parece ser a música perfeita para encerrar a noite, com momentos na medida para dançar e soltar a voz.
A marca registrada de Shakira
Hips Don’t Lie só chega no bis, mas os movimentos da cantora, que já viraram sua marca registrada, a acompanham o tempo todo. Mais acanhados no começo, ela eventualmente exibe seu rebolado de dar inveja, além da já tradicional dança do ventre.
Em ótima forma aos 41, ela apresenta um show sem nenhuma coreografia ou dançarinos. É só ela, sua banda e seu público. O figurino é discreto, assim como o palco, mas ela parece muito à vontade do começo ao fim. Toca guitarra e violão (decorado com uma foto do marido e dos filhos), se arrisca na bateria no final de Can’t Remember To Forget You e relembra o público diversas vezes como está feliz de estar de volta ao Brasil.
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Uma chuva de papel picado marca o fim das duas horas de apresentação da cantora. A turnê El Dourado é dançante, como a carreira de Shakira
, mas tem um ritmo menos acelerado, como se fosse esquentando aos poucos. Funciona e serve como uma linha do tempo de sua carreira. De Estoy Aqui
até La Bicicleta
ela reconta sua história e relembra os paulistanos do poder de se perder na música e na dança, nem que seja por algumas horas.