O“Rei do Rock” segue vivo e o cinema está aí para provar. “Elvis” estreia hoje em salas de todo o Brasil e já faz uma temporada de sucesso em todo o mundo. Nos Estados Unidos, chegou a disputar com “Top Gun: Maverick’’ o topo das bilheterias. Um ‘‘selo de garantia’’ respeitável vem de Priscilla Presley (vivida por Olivia DeJonge na ficção), que foi mulher do astro. Nas redes sociais, a ex-companheira do artista relatou que o longa foi aplaudido de pé por cerca de 12 minutos no renomado Festival de Cannes, na França, em maio, por uma plateia lotada. Em outra postagem, ela relata que foi às lágrimas quando ouviu de Lisa, única filha que teve com Elvis, que ela tinha amado a obra:
“Levei alguns dias para superar as emoções”, escreveu.
No filme, o cantor é interpretado por Austin Butler, que passou dois anos estudando a figura lendária para encarnar o papel-título. Ele empresta a própria voz às performances do cantor.
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Na ocasião do festival francês, o jornalista Carlos Helí de Almeida registrou no jornal “O Globo’’ observação feita pelo diretor do filme, Baz Luhrmann (de “Moulin Rouge — amor em vermelho”) sobre os elogios de Priscilla e uma mensagem que recebeu dela após ter lhe mostrado a obra pela primeira vez:
— Não haveria melhor e mais significativa crítica para nós do que as palavras da mulher que foi casada com Elvis Presley. Ela escreveu: “Não estava preparada para isso. Cada respiração, cada movimento de Austin, o espírito daquela pessoa que ele representava, sua humanidade. Se meu marido estivesse vivo hoje, ele teria olhado nos olhos de Austin e dito: ‘Como você se atreve? Você sou eu!’”. Elvis foi pai, marido e avô e uma pessoa. A melhor crítica da minha vida veio deles, da família.
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A produção apresenta a trajetória musical e pessoal de Elvis Presley a partir da tumultuada relação com seu empresário enigmático, o coronel Tom Parker (Tom Hanks), que se estendeu por mais de 20 anos. Priscilla, que também é retratada na história, além de ter classificado a atuação de Butler como “fascinante”, elogiou ainda a performance de Hanks, que aparece irreconhecível no longa. Com mais de duas horas de duração e uma extravagância visual característica do diretor, a cinebiografia do artista perpassa desde o início da carreira do jovem que conquistou a plateia feminina com suas danças, despertando a ira do conservadorismo nos anos 50, o estrelato em musicais de Hollywood, chegando até seus últimos anos de vida.
Já são quase 45 anos desde a morte de Elvis. O corpo do cantor, que tinha 42 na época, foi encontrado em 16 de agosto de 1977 num banheiro em Graceland, mansão em Menphis, no Tennessee, onde ele vivia. Na ocasião, foi dito apenas que o “Rei do Rock” havia desmaiado e morrido. A causa da morte foi rapidamente informada como sendo parada cardíaca sem relação com abuso de entorpecentes. À época, médicos e imprensa estranharam o que julgaram ser “pressa’’ nesse anúncio, julgado incompleto por alguns. E, até hoje, os mistérios em torno de sua morte continuam. Veja algumas curiosidades abaixo:
Autópsia em segredo
Sem dar explicações, a família de Elvis colocou a autópsia em segredo por 50 anos — o acesso às informações contidas no documento só poderá ser feito em 2027. Mesmo assim, sabe-se que o exame revelou o uso de substâncias, entre elas sedativo, forte analgésico e opioides usados no tratamento da dor.
12 mil medicamentos
Em 1980, a revista People revelou que, nos 20 meses que antecederam a morte de Elvis, foram prescritos para ele 12 mil medicamentos. O médico responsável pela indicação teve a licença cassada. Na ocasião, vieram à tona os casos de outros 19 pacientes do Doutor Nick, como era conhecido, que também receberam prescrições com exageros.
Vício em remédios
O abuso de drogas por parte de Elvis e sua luta contra o vício foram revelados pela ex-companheira do cantor, Linda Thompson, em autobiografia lançada em 2016. Ela contou que o “Rei do Rock” tomava pílulas para dormir, para despertar e para ter energia nos shows.
Coração inchado
Outra informação que também se tornou pública foi de que o coração do astro se encontrava inchado, com o dobro do tamanho, e ele estava com uma doença cardiovascular já em estado avançado. O cantor tinha fezes de pelo menos quatro meses no intestino e, apesar de nunca ter sido fumante, tinha enfisema pulmonar e uma grande dificuldade para respirar.
Últimos momentos
Ao longo dos anos, Elvis começou a engordar e, aos 40, pesava 160 quilos. De acordo com o Daily Star, os efeitos do uso dos medicamentos já haviam começado a aparecer em 1973, quando o cantor se divorciou de Priscilla. Em 1977, ele já não conseguia sair da cama. Sabe-se que ele também se recusava a tomar banho e, por isso, seu corpo começou a apresentar feridas.
Segue vivo?
Além dos mistérios sobre a morte do “Rei do Rock”, há uma teoria da conspiração criada por pessoas que acreditam que Elvis está vivo. Fãs alegaram, logo após o enterro ocorrido em Graceland, que tinham visto o ídolo. Uma mulher chegou a afirmar que havia recebido um telefonema de Elvis. Alguns acreditam que o cantor tenha deixado os Estados Unidos e passado a viver incógnito em outros país. Um dos lugares citados é a Argentina, onde ele teria adotado o nome John Burrows.