A cantora Beth Carvalho, morta em 2019, era botafoguense de berço, de uma vida toda. O pai, a mãe e a irmã mais velha da Madrinha do Samba já carregavam a Estrela Solitária. Estava quase no DNA, portanto. Beth exaltou o seu time de coração em inúmeras músicas que gravou.
Era praticamente igual o amor pela Mangueira e pelo Botafogo. "Vou festejar", composta em 1978 por Jorge Aragão, Dida e Neoci Diasde, virou hino nos estádios. Com muitos botafoguenses torcendo o nariz cada vez que os torcedores adversários se apropriavam dela. Nesta semana, depois que a torcida flamenguista voltou a cantar a música, com direito a Gabigol fazendo coro do campo, a polêmica reascendeu nas redes.
Luana Carvalho, filha de Beth e também cantora, tem uma boa resposta para jogar água na fervura: "O samba é do povo".
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Assim como a mãe, ela escolheu seu time ainda criancinha. Desde pequena, ela torce pelo Flamengo: "Sou flamenguista. Minha mãe me deixou ser flamengo, e sempre torcemos uma pela outra".
Neste momento de euforia pela volta do Botafogo à Série A, Luana acredita que a mãe estaria orgulhosa de a torcida botafoguense ter "se apropriado de um ‘sucesso’ na voz dela para comemorar suas vitórias, coisa que o Atlético Mineiro também fez".
Luana está retomando devagar sua agenda neste momento de reabertura do mercado de shows.
"Por enquanto só shows fechados, ainda estou um pouco temerosa de abrir na pandemia", disse. O devagar inclui a reta final de um livro, que tem o nome provisório de ‘O amor nos tempos do supremo contudo’. Segundo ela, a trama traz "personagens empunhando pontos de vista sobre a mesma história de amor em estado de confinamento, real ou psicológico".
"É sobre a solidão dentro do amor", resume.