Viver uma artista que é conhecida e adorada pelo público é um desafio imenso, porque a expectativa gerada sempre é grande. O caminho visto como mais simples é o da imitação, mas o filme “Hebe – A Estrela do Brasil”, que estreia nesta quinta-feira (26), vem com uma proposta diferente e mostra que Andréa Beltrão  conseguiu se transformar na Hebe captando sua essência.

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Andréa Beltrão protagoniza
Divulgação
Andréa Beltrão protagoniza "Hebe - A Estrela do Brasil"


No processo de preparação, Andréa conta que mergulhou na história dessa apresentadora que marcou época. “Eu assisti milhares de vídeos. Num primeiro momento eu parti sim para uma imitação tosca e grosseira, sozinha na minha casa, mas foi um caminho interessante e necessário para chegar em outro lugar, que eu não sei direito qual é”, explicou a atriz aos risos.

Ao notar que não conseguiria imitar a Hebe, Andréa buscou focar na essência dessa mulher por vezes polêmica. “Vendo o filme eu sei que não consegui fazer uma imitação perfeita, mas eu consegui imprimir alguma coisa que conversa com a verdadeira Hebe”, avaliou a protagonista do filme que, para sua preparação, contou com a ajuda de um time de profissionais.

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Assim que Andréa recebeu o convite para o filme, o diretor, Maurício Farias, e a roteirista, Carolina Kotscho, não exigiram que ela imitasse a apresentadora, a proposta era justamente o oposto. “Existem várias atrizes mais parecidas e com afinidades mais imediatas com a Hebe do que eu, mas o Maurício disse que eu ia encontrar a minha Hebe.”

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Experiência no teatro

Durante o espetáculo eram feitas mais de 20 trocas de roupas e algumas delas eram da própria Hebe
Divulgação/Caio Gallucci
Durante o espetáculo eram feitas mais de 20 trocas de roupas e algumas delas eram da própria Hebe


Antes de virar filme, a história de Hebe ganhou um musical e a proposta foi bem diferente. Enquanto o longa aborda apenas uma fase da vida da apresentadora, o espetáculo teatral contava toda a sua trajetória. Além disso, um dos pontos altos do espetáculo era a semelhança da atriz Débora Reis com a artista – o que deixava o público de boca aberta.

Para a protagonista do musical, a imitação ganha uma importância maior no teatro por ser ao vivo, pois isso faz com que o público tenha a sensação de que está próximo daquele artista. “Na estreia, eu fiquei com medo de entrar e ninguém ir com a cara da Hebe que eu construí, mas tive uma resposta incrível do público e fiquei muito agradecida”, contou Débora ao iG .

A atriz já tinha vivido a experiência de fazer uma Hebe caricata em outro musical, “Rita Lee Mora ao Lado”. A ideia era mostrar que a cantora de rock foi a primeira a dar um selinho na apresentadora e a cena que tinha dois minutos passou a ter 10 por causa do carisma de Débora. “Quando o texto dessa Hebe passou pela minha mão, a voz dela veio. Mas era uma Hebe bem caricata, fazia para divertir o público.”

Quando abriu audição para “Hebe, O Musical”, Débora já chegou como um nome forte para o papel e assim que começou o teste caiu no gosto do diretor Miguel Falabella. “Eu me liguei muito na energia da Hebe, aquela energia vibrante que ela tinha, então não podia ser algo meio caído, busquei isso o tempo todo que estava em cena. Imitar o timbre de voz também foi algo importante nessa construção.”

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Outro fator que ajudou Débora é que ela era muito fã dessa apresentadora que foi a frente do seu tempo. “A Hebe tinha um carisma único, tem gente que nasceu para ser estrela e para se comunicar, ela tinha uma proximidade única com o público. Ela era aquela amiga rica da dona de casa, pois sabia falar com o povão”, concluiu a atriz.

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