A atitude do prefeito Marcelo Crivella , que tentou recolher a história em quadrinhos "Vingadores: A cruzada das crianças" da Bienal do Livro por ter um beijo gay, causou revolta nas redes sociais. Funcionários da Secretaria Municipal de Ordem Pública (SEOP) foram ao local do evento para vetar livros “impróprios”, entretanto os títulos com temática LGBTQ+, principal alvo, apresentou um aumento nas vendas e alguns títulos estão esgotados há dias.

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Reprodução/Instagram
"Vingadores: A cruzada das crianças"

Nas redes sociais, diversas editoras que estão participando da Bienal do Livro do Rio de Janeiro resolveram demonstrar repúdio a atitude de Crivella e estão fazendo questão de divulgar com mais ênfase os livros com temática LGBTQ+ que possuem.

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“Nós, que acreditamos na cultura e na diversidade, repudiamos qualquer tipo de censura! Os livros da foto são de alguns dos nossos autores LGBTQ+ . E todas as suas obras continuarão à venda no nosso estande durante todo o evento. À vista de todos. É só chegar”, escreveu a editora Globo Alt, que trabalha com títulos como “Um Milhão de Finais Felizes” e “A Cinco Passos de Você”.

“Não existe livro impróprio, nem amor errado”, publicou Intrínseca, responsável por livros como “Com Amor, Simon” e “Me Chame Pelo Seu Nome”. A editora também elogiou a atitude de Felipe Neto de reunir mais de 10 mil livros com temática LGBTQ+ para distribuir na Bienal do Livro.

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“Todos os exemplares doados por Felipe Neto estarão embalados em plástico preto, com uma etiqueta dizendo ‘Este livro é impróprio para pessoas atrasadas, retrógradas e preconceituosas’”, explicou a Intrínseca no Instagram. A Companhia das Letras também manifestou seu repúdio “a todo e qualquer ato de censura” e disse que é “à favor da liberdade de expressão”.

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“Ficamos orgulhosos com a posição da organização da Bienal do Livro do Rio em defesa da liberdade de expressão e da diversidade. Ela mostra com dignidade a vocação e vontade dos editores. Posturas como a do prefeito Marcelo Crivella e do governador João Doria – que recentemente mandou recolher uma apostila escolar que falava sobre diversidade sexual – tentam colocar a sociedade brasileira em tempos medievais”, ressaltou Luiz Schwarcz, CEO e fundador do Grupo Companhia das Letras.

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