Estreia nesta quarta-feira (5) a quinta temporada de "Black Mirror", série de ficção científica produzida pela Netflix. Sempre trazendo cenários distópicos ou super evoluídos, a tecnologia se vê mais do que presente na obra.
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Com base neste elemento tão essencial para a série e levando em relação a chegada da nova temporada à Netflix , o iG Gente formatou, em três listas distintas, uma disputa entre Vida real VS " Black Mirror ". Afinal, o que existe na trama que não temos na atualidade? O que já existe em nosso cotidiano, mas não vemos na produção? Por fim, quais são as inovações da modernidade que podemos encontrar na atração e no nosso dia a dia?
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Coisas que têm em "Black Mirror", mas não na vida real
- Smart Lentes de contato
No episódio "Entire History of You", da primeira temporada, o telespectador se depara com as smart lentes de contato, onde os personagens registram 24 horas por dia seus passos. Além de poder rever as imagens de seu dia, os usuários das lentes podem excluir cenas e muito mais.
O mais próximo que existe da invenção na atualidade é o Google Glass, óculos com funções semelhantes, mas que ainda se encontra em fase de testes e sem previsão de ocupar as lojas.
- Chipes de identidade em pessoas
Em "Arkangel", episódio da quarta temporada, um chipe é inserido na personagem mais nova da estória. O apetrecho, além de conter todas as informações sobre a identidade dela, permite que a mãe acompanhe seus passos a partir de um tablet de vigilância - que dispõe de áudio, vídeo e atualização de localização a cada instante.
Atualmente, este tipo de identificação apenas é utilizado para rastreamento e identificação de animais. Além disso, os recursos de áudio e vídeo não se encontram disponíveis no mercado.
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Leitores de pensamentos
Na quarta temporada de "Black Mirror", mais especificamente no episódio "Crocodile", um buttom que permite ler precisamente o pensamento das pessoas é utilizado pela polícia local. Até o momento não existe protótipo ou qualquer tecnologia semelhante no mundo.
- Upload de consciência
Em "San Junípero", episódio da terceira temporada, a imersão completa em uma realidade virtual, que permite viagens no tempo e uma vida paralela com encontros com pessoas do mundo real, é explorada. Nada similar está sendo trabalhado atualmente. A realidade virtual vem se expandindo no universo de games, mas está longe da imersão completa.
- Clonagem de humanos
Na segunda temporada, o episódio "Be Right Back" aposta na clonagem humana e transferência de consciências para outros sistemas digitais com 100% de exatidão. Apesar de existirem bonecos muito semelhantes a humanos atualmente, eles não possuem o mesmo refinamento tecnológico. Além disso, essa ciência anda a passos curtos, deixando o episódio em uma realidade distante.
Coisas que têm na vida real, mas não têm em "Black Mirror"
- Mala robô
Batizada de Travelmate, a mala robô promete não dar problemas a seus donos. A bagagem segue seus proprietários por onde eles vão, tudo isso evitando obstáculos no caminho. Isto é possível graças a sensores que ficam na mala e no proprietário da mesma. O produto foi lançado em janeiro de 2019, porém, a empresa ainda não colocou o produto nas prateleiras.
- Scanner de lixo
Chamado de Genicam, o apetrecho tem reconhecimento de voz e lê o código de barras de cada produto que é colocado na lixeira. Assim, ele adiciona o produto em uma lista de compras que fica disponível no smartphone do proprietário da lixeira. O produto está disponível na Amazon Dash, que ainda não funciona no Brasil, e custa US$ 149 (R$ 487), mais taxas.
- Cama inteligente
A Smartduvet Breeze é um sistema para camas lançada na plataforma de arrecadação Kickstarter que arruma o edredon sozinho e ainda esquenta cada lado da cama de casal de forma independente, de acordo com o que cada membro do casal deseja. Cada produto custa US$ 199 (R$ 650) e o lançamento do produto está prometido para novembro de 2019.
Coisas que têm na vida real e têm em "Black Mirror"
- Carros movidos a energia elétrica
Em "Nosedive", da terceira temporada de "Black Mirror", todos os carros são elétricos, a gasolina não é principal combustível dos veículos. Atualmente alguns modelos de carros elétricos já estão disponíveis para o público geral, mas a custos variáveis.
- Vans Autônomas de entregas
Em "Crocodile", da quarta temporada, uma van autônoma que entrega pizzas atinge um pedestre e, por conta disso, desencadeia uma pesquisa dos fatos por uma empresa de seguros.
Há algum tempo, a Pizza Hut anunciou que, em parceria com a Toyota, está desenvolvendo um veículo autônomo, responsável por entregar pizzas, sem um motorista. Todavia, a tecnologia ainda não está atuando nas ruas.
- Personagem virtual
No Japão, Hatsune Miku é um fenômeno da música. A cantora que não tem forma tangível é uma verdadeira estrela. Ela canta, faz performances e, inclusive, faz turnês pelo país. Sempre nas telas 3D, Hatsune é retratada como uma menina de 16 anos de idade, com duas longas marias-chiquinhas na cor azul-piscina. Em sua terra natal, ela é considerada um ídolo virtual.
Como Hatsune, na segunda temporada da série da Netflix, o episódio "The Waldo Moment" retrata a vida de uma personagem animado e fictício que acaba por se envolver em questões sérias que acabam gerando reações e ações na humanidade.
- Robôs parecidos com humanos
No episódio "Be Right Back", da segunda temporada, a clonagem é o foco dos personagens. Apesar de a inteligência artificial não estar tão evoluída, no Japão, robôs muito semelhantes a imagem humana já são produzidos. Apesar de não estarem disponíveis no mercado regular, a tecnologia já está entre nós.
- Avaliação das pessoas
Quem usa a Instagram e o Uber já viu: classificamos pessoas, propagamos estilos de vida perfeito e admiramos quem tem muitos seguidores. Segundo a BBC , a China planeja para 2020 um sistema de crédito social que conecte crédito financeiro, social, político e jurídico dos cidadãos a partir de um índice único. Porém, esse projeto ainda não saiu do papel.
- Internet das coisas
O especial de natal de "Black Mirror", batizado de "White Christmas", reflete sobre a tecnologia no nosso cotidiano. Com a Internet das Coisas mais presente do nunca, a série da Netflix trouxe uma casa inteligente que reage a inúmeras funções. Felizmente, alguns dos apetrechos e serviços mostrados na estória já existem na vida real.
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Em 2016, cientistas do MIT criaram uma inteligência artificial capaz de ler emoções e de interagir com elas, transformando o ambiente em que você está. Bem parecido com o especial de Natal de " Black Mirror ", a tecnologia vem sendo disponibilizada aos poucos no mercado.