Tudo começou com pão de queijo. A iguaria mineira conquistou Zachary Levi, em sua passagem pelo Brasil, em dezembro do ano passado, para promover “Shazam!”, principal estreia deste final de semana no País e no mundo.
“Eu já me empanturrei”, advertiu para jornalistas que o esperavam em uma sala de um hotel de luxo em São Paulo e comiam pães de queijo enquanto isso. Todos gargalharam. As gargalhadas, por sinal, foram uma contante durante o papo de cerca de meia hora. Zachary Levi , 38, é o tipo de astro acessível e que tenta tornar a experiência de entrevista-lo o mais prazerosa possível.
“Não foi divertido morrer”, observou quando indagado sobre sua participação no Universo Cinematográfico Marvel – ele atuou como Fandral em “Thor: O Mundo Sombrio” (2013) e “Thor: Ragnarok” (2017). Para rapidamente emendar. “Aquilo foi muito divertido, mas é ainda mais legal estar no Universo DC e ser meu próprio super-herói. E ter uma capa”!
Shazam, que já foi conhecido como Capitão Marvel – e titular de uma das disputas mais acirradas entre as duas editoras sobre patentes e propriedade intelectual - , foi criado em 1939 por Bill Parker e C.C Beck para a editora Fawcett posteriormente adquirida pela DC Comics.
O personagem chega ao cinema em um momento em que a Warner tenta promover personagens do segundo e terceiro escalão da editora no cinema, algo que deu muito certo na Marvel. As comparações com a rival devem mesmo se intensificar, já que o longa aposta bastante no humor.
“Eu não poderia ter sonhado com um papel melhor para mim”, relata Levi. “Porque eu sou um crianção e esse personagem é um crianção”. “Quero ser Grande”, filme estrelado por Tom Hanks, é uma referência óbvia.
Você viu?
No filme dos anos 80, um menino de 12 anos acorda trintão e com o corpo de Tom Hanks. Em “Shazam!” a coisa funciona mais ou menos igual, mas com superpoderes. Levi foi na jugular da magia do cinema ao comentar a preparação para o papel, que exigiu que ele pintasse o cabelo . “Você não pode ser um super-herói mágico com cabelo grisalho”.
Adolescentes e mutantes
Levi diz que não necessariamente aprendeu algo novo sobre adolescentes para o filme – já que ele vive um adolescente – até porque na sua avaliação não há algo novo a ser aprendido sobre eles. “Eu tentei ser o mais emocional e reativo que podia. Afinal adolescentes não pensam muito”, se diverte.
Na sequência o ator emenda um mea-culpa. “Não deixei minha adolescência de lado. Mas Graças a Deus a acne foi embora”.
Geek assumido, o ator comemora que hoje tudo que era coisa de nerd e outsider na época em que ele estudava, é “cultura pop em sua plenitude”. Ele confessa que se relacionava mais com o universo Marvel quando adolescente, especialmente os mutantes, mas que se encantou com Shazam.
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“Esse é o filme de super-herói que é o sonho de toda a criança. Tipo, você fala uma palavra mágica e vira um super-herói”, observa Zachary Levi . “Não tem como ser melhor que isso”.