Depois de sair bem na direção de “Sobrenatural: A Última Chave (2018), quarto filme de uma franquia já estabelecida, Adam Robitel recebeu a benção da Sony para fazer o próprio filme de terror e “Escape Room”, com orçamento de US$ 9 milhões e arrecadação que já ultrapassa os US$ 80 milhões, pode muito bem se viabilizar como mais uma franquia de horror.
Leia também: Novo "Halloween" revitaliza slashers, brinca com legado da série, mas ousa pouco
“Escape Room” não esconde a influência de produções como “Jogos Mortais” e “O Albergue”, que fizeram sucesso na primeira década deste século, já que sua própria premissa engloba a dinâmica de um jogo com algum componente de sadismo.
Seis desconhecidos, de classes sociais e personalidades diferentes, são convidados para participar dessa dinâmica interativa de última geração. O prêmio em disputa é de US$ de 10 mil.
Leia também: Spike Lee alerta para ciclos do ódio no ótimo "Infiltrado na Klan"
Esses personagens são apresentados com a devida carga de clichê e aos poucos vamos percebendo que, em comum, todos eles têm traumas derivados de situações de vida ou morte que vivenciaram. A maneira como o longa de Adam Robitel liga e relaciona isso ratifica a influência das obras citadas acima e testa o humor da audiência: há disposição para curtir uma nova franquia de terror com uma proposta mais gamer?
Talvez haja e Robitel consegue manter o suspense em elevação com cada novo ambiente ativado no famigerado Escape room. Quem morrerá a seguir? Eles estão mesmo morrendo? Qualquer fã de terror mais experimentado resolve essas (supostas) charadas rapidamente.
Leia também: "Cadáver" lava a alma dos fãs de terror B com demônio à solta em necrotério
De todo modo, “Escape Room” confirma o bom momento da Sony no gênero. Não faz muito tempo o estúdio colocou quase que de surpresa em cartaz o bom e barato “Cadáver”. A safra não tem o pedigree da concorrente Warner com sua série derivada de “Invocação do Mal”, mas é tão eficiente quanto.