Pouquíssimo comentado antes do lançamento em diversos países nesta quinta-feira (29), “Cadáver” é um filme de terror bacanão e cheio de estilo dirigido pelo holandês Diederick Van Rooijen, veterano de filmes B como “Taped” (2012) e “Daylight” (2013), que chega para tomar a dianteira de produções muito mais comentadas ao longo do ano como “A Freira”, “Hereditário” e “A Maldição da Casa Winchester”.
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O filme tem o mérito de imaginar o quão arrepiante é trabalhar em um necrotério e urdir essa dinâmica à lógica de filme de demônio. “Cadáver” , é bem verdade, é um produto de seu tempo e precisa fazer concessões com diálogos explicativos, um punhado de cenas desnecessárias e algumas mortes mais gráficas do que precisariam ser. Ainda assim, é um filme com ótima atmosfera, um contexto dramático muito bem arquitetado e que administra muito bem os códigos e signos do cinema de gênero.
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Megan ( Shay Mitchell ) é uma dependente química em recuperação. Um grande trauma a afastou da polícia e agora ela tenta reconstruir sua vida com o apoio da sua madrinha, vivida por Stana Katic, assumindo o plantão noturno em um necrotério. A ideia é se afastar dos perigos que a noite traz para alguém que precisa lidar com uma doença como o vício.
Logo na sua segunda noite no novo trabalho chega um corpo todo retalhado e queimado que suscita uma série de indagações. Logo de cara não é possível registrar as imagens do corpo porque a câmera queima justamente na hora em que o fotografa e as digitais também não podem ser capturadas.
Van Rooijen tem boa noção de ritmo e seu filme vai crescendo de maneira tensa e natural, enquanto Shay Mitchell aproveita bem sua chance de protagonizar um filme de terror B do tipo que o público adora e Hollywood produz (bem) cada vez mais raramente.
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“Cadáver” não vai te dar calafrios, mas é um filme de horror muito bem costurado e cheio de bons momentos. Alguns sustos e muito clima balizam uma ótima experiência na sala escura.