No Brasil e no mundo, 2018 foi marcado como o ano das mulheres na música. Elas foram responsáveis pelos melhores álbuns, os melhores shows, as quebras de recordes e até mesmo as maiores polêmicas. Nessa retrospectiva 2018 vamos relembrar os principais momentos dessas artistas.
Ariana Grande transformou seus ex-namorados em música, Anitta não saiu do radar, Beyoncé abalou as estruturas do Coachella e Taylor Swift fez uma das turnês mais bem sucedidas do ano. Gaga brilhou no cinema, Camila Cabello fugiu da sombra do Fifth Harmony e Ivete Sangalo ficou de fora do carnaval, mas comemorou a carreira em grande estilo. E esses são apenas alguns exemplos do domínio das mulheres na música.
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Salvando a indústria
Entre os muitos feitos das mulheres na música está a salvação da indústria de guitarras. Isso mesmo! Enquanto a Gibson abriu falência e a venda de guitarras cai a cada ano no Brasil e no mundo, o vice-presidente da Fender, Justin Norwell, deu uma entrevista em agosto deste ano dizendo que a indústria voltou acrescer nos últimos dois anos, e isso se deve as mulheres: “Tem muito mais mulheres guitarristas em festivais e em bandas, e muitas delas são as líderes em grupos que focam no instrumento. Estamos fortes”, comentou.
Enquanto isso, Taylor Swift estava fechando um negócio que não só é extremamente lucrativo, como a coloca como dona de si e de seu trabalho. A cantora assinou um contrato com a Universal Music que, especula-se, está na casa dos US$ 200 milhões. O mais importante desse contrato, porém, é que a cantora será a dona exclusiva dos direitos de suas músicas. Enquanto isso, ela seguiu em turnê ao longo do ano e foi a segunda artista mais lucrativa ao vivo, rendendo US$ 345 milhões nos palcos.
Taylor ainda quebrou alguns recordes: ela superou os Rolling Stones e se tornou a artista com a turnê mais lucrativa nos EUA. Na política (porque ninguém escapou da política em 2018), ela também se superou: ao incentivar seus fãs a votar, 65 mil pessoas se registraram para votar nas 24 horas seguintes ao post da cantora no Instagram.
Mas a americana não é a única lutando para ser “dona de si”. Aqui no Brasil, essa foi a motivação de muitas artistas. As meninas do Rouge se preparam para lançar o próximo disco, mas em 2018 já vieram poderosas com o single Dona da Minha Vida, que elas apresentaram no Prêmio Multishow.
Iza também foi dona de si e de um dos melhores álbuns do ano com sua estreia em “Dona de Mim”. Revelação de 2017, ela provou a que veio com um álbum bem dançante, pop e marcado por hits como Ginga.
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Gravidez e retornos triunfais
Outro fator que marcou essa retrospectiva 2018 foi a gravidez....de gêmeos. Beyoncé havia sido anunciada como headliner do festival Coachella em 2017, mas os planos mudaram quando ela engravidou de gêmeos. Rumy e Sir nasceram em junho de 2017 e em março de 2018 ela retornou aos palcos com duas apresentações no festival californiano. Bey montou um show especial para o evento e levou uma banda marcial completa que ocupou a arquibancada e ficou marcada como um dos maiores momentos do ano. Sua irmã Solange, J Balvin e as Destiny’s Child estavam entre os convidados dos shows.
Aqui no Brasil, outra estrela deixou os compromissos de lado por conta de uma gravidez de gêmeos: Ivete Sangalo. Rainha do carnaval, ela passou o feriado no hospital dando à luz a Marina e Helena e ficou fora da folia pela primeira vez desde o início de sua carreira. Mas esse não seria seu maior destaque no ano.
Você viu?
No começo de dezembro ela lotou o estádio Allianz parque em São Paulo para celebrar seus 25 anos de carreira. Com participações que incluíam Claudia Leitte, Marília Mendonça e Alejandro Sanz, e gravou o registro no que será seu próximo DVD.
Obrigada, próximo
Ariana Grande teve um ano difícil em 2017, depois de sofrer um atentado em seu show em Manchester que resultou em 22 mortos. Lutando para se recuperar disso, a cantora voltou ao estúdio e fez “Sweetener”, seu novo álbum, que a deixou literalmente de cabeça para baixo. O álbum foi um sucesso comercial e uma das poucas manifestações pop num ano em que as divas ficaram recolhidas.
Apesar do sucesso do álbum, a vida pessoal seguiu turbulenta e a morte do ex-namorado Mac Miller somada ao fim da relação com Pete Davidson a inspiraram a lançar um dos singles do ano: Thank U, Next. O aguardado clipe fez referência a diversos sucessos do cinema como “Meninas Malvadas” e “Legalmente Loira”.
Por falar em pop, quem deixou o estilo temporariamente em 2018 foi Lady Gaga. Depois de lançar “Joanne”, o álbum menos compreendido, mas mais inventivo de sua carreira, ela se dedicou a “Nasce Uma Estrela”. A nova versão do filme teve a cantora como protagonista, bem como na composição das principais músicas, como Shallow e Always Remeber Us This Way .
Estreias
Concretizando o ano das mulheres na música, dois dos maiores lançamentos do ano foram de artistas estreantes. Camila Cabello deixou o Fifith Harmony para se dedicar a carreira solo e em 2018 lançou “Camila”. O álbum foi bem recebido e cantora, além de sua própria turnê, abriu parte dos shows de Taylor Swift. Ela também passou pelo Brasil onde contou com Anitta como convidada de seu show.
Mas a maior estreia do ano ficou por conta de Cardi B. A rapper americana lançou o excelente “Invasion of Privacy” que ficou em primeiro nas paradas e recebeu certificação por todas as suas faixas. De acordo com apontamento da Associação Americana da Indústria de Gravação (RIAA), todos os singles receberão disco de ouro ou mais, marcando a primeira vez que isso acontece com uma cantora feminina.
Mulheres na música
O poder feminino na música foi tão forte e diverso, que um dos discos que mais figurou nas listas de melhores do ano foi da cantora country Kacey Musgraves, que lançou “Golden Hour” em março.
No Brasil, Alice Caymmi saiu de vez da sombra do avô Dorival e lançou sue melhor trabalho até hoje. “Alice” tem baladas românticas, colaborações com Ana Carolina e Pabllo Vittar e é o trabalho mais completo de Caymmi até aqui.
A música nacional também foi marcada pela superação de Simone e Simaria. A segunda teve que se afastar dos palcos para tratar uma séria tuberculose ganglionar e enquanto isso Simone assumiu a difícil missão de seguir em turnê sozinha.
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Com tantos destaques na música, é fácil perceber que esse foi o ano das mulheres no cenário musical. Mesmo sem lançamentos de grandes nomes do pop, como Rihanna ou Katy Perry, nos mais diversos gêneros vimos as artistas femininas se destacarem no Brasil e no mundo.