Depois de fazer sucesso com os seus covers, a carioca IZA roubou os holofotes do mundo da música para si mostrando todo o seu brilho. Mais tarde, foi a vez de conquistar também as rádios com o seu bonde pesadão ao lado de Marcelo Falcão.
O ano virou e IZA não fez menos: provou que tem ginga e dançou ao lado de Rincon Sapiência no Lollapalooza em São Paulo sendo ovacionada pelo público. Agora, foi a vez de a cantora materializar todo esse ciclo de conquistas com o seu primeiro trabalho de estúdio: “ Dona de Mim ”.
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Lançado na última sexta-feira (27), o álbum traz os hits já bem conhecidos pelo público e mais 12 canções inéditas com parcerias pra lá de especiais. Ao lado de Ruxell, Ivete Sangalo, Carlinhos Brown, Gloria Groove e Thiaguinho , a cantora resgata o melhor da música brasileira para convergir com a sua pegada pop trazendo um trabalho repleto de diversidade musical.
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“Estou muito feliz com a repercussão deste álbum. Ele é uma coletânea daquilo que eu gosto de cantar e acaba trazendo toda essa mistura”, comenta a cantora em entrevista ao iG Gente . Também fã dos artistas com quem trabalhou, IZA diz se sentir honrada de poder criar ao lado desses grandes nomes da música brasileira. “Cada um deles me representa de alguma forma e meu disco não seria a mesma coisa se não fosse pelas pessoas incríveis que estão fazendo parte”, revela.
Do samba malandro e romântico de É Noix ao pop envolvente de Rebola , IZA traz canções que celebram as relações afetivas e o gingado brasileiro, contemplando os seus fãs com letras recheadas de otimismo e transparência. “Eu queria mostra para o publico quem eu realmente sou e como eu gosto de falar sobre coisas em geral”, conta.
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IZA e a representatividade
Diante de um cenário em que artistas não medem palavras para falar sobre o prazer feminino, como fez Karol Conka com Lalá e Janelle Monáe com Pynk, IZA não deixou de participar desse movimento trazendo uma canção lá de sensual. 13ª música do disco, Ponto G versa sobre o corpo da mulher celebrando o seu prazer de uma forma dançante.
“Eu acho muito importante deixar evidente que sexo é muito natural tanto para o homem quanto para a mulher e por isso achei interessante trazer esse tema desta forma para o álbum”, conta a cantora. “Falar naturalmente disso é mostrar que mulher é livre para falar sobre seu prazer, porque a sociedade criou um tabu em torno disso que não existe”, completa.
Além de confrontar com a ideia do senso comum a respeito do corpo feminino, IZA também evoca em seu trabalho a representatividade racial. Para a cantora, a perpetuação do racismo e o machismo no País pode também ser atribuído à falta de oportunidades. “Precisamos de espaço. Então quando eu seleciono pessoas negras para estarem no meu clipe é porque eu quero que cheguemos a um estado em que se olhe para uma tela cheia de pessoas negras e isso seja algo natural”, comenta.
Rainha do Pop?
Conquistando milhares de fãs ao redor do Brasil de maneira veloz, IZA chegou a ser consagrada como a próxima rainha do pop brasileiro. Entretanto, apesar de se sentir lisonjeada com o título, a cantora alerta: “não me consideraria assim, acredito que cada um tem o seu valor”.
Para ela, essa busca das mulheres do mundo da música por um pódio diante da música é algo que não existe nos bastidores. “Está todo mundo trabalhando muito, cuidando das suas próprias vidas e todo mundo se dá bem e se respeita. Não acho que exista rivalidade entre as pessoas na música, mas sim uma rixa criada pela mídia em vão, porque cada um é cada um”, opina.
Da internet pro Brasil inteiro
Emergindo dos vídeos da internet, a carioca celebra a plataforma como “espaço democrático” para que o público possa se arriscar e colocar à tona seus próprios projetos, assim como ela mesma fez. “Tem muita gente fazendo cover das minhas músicas e isso faz passar um filme na cabeça. Acho muito legal falar sobre isso porque de certa forma estimula as pessoas à correrem atrás de seus sonhos”, afirma.
Com “Dona de Mim” saindo do forno, IZA promete não parar. Em breve, a cantora entrará em turnê pelo Brasil com diversos shows e, em junho, fará parte do 22ª Cultura Inglesa Festival. "Vai ter muitas surpresas ainda", profetiza.