Poucos filmes contemporâneos são tão bem calculados como “Arranha Céu: Coragem Sem Limite”. O filme faz parte de mais uma parceria entre a Universal Pictures e a Legendary Entertainment, comprada em 2016 pela gigante chinesa Wanda, é ambientado em Hong-Kong, com atores locais, e estrelado pelo único astro de cinema no mundo que leva pessoas às salas de cinema com a força do seu nome no cartaz.
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“Arranha-Céu” é, ainda, assumidamente uma homenagem aos clássicos do cinema de ação “Duro de Matar” (1988) e “Inferno na Torre” (1974). A mistura de nostalgia, globalização e The Rock é certeira e faz da produção da Universal, orçada em US$ 125 milhões, um tremendo acerto e um entretenimento de marca maior. É a China aprendendo com Hollywood a praticar o softpower e todo mundo lucrando com isso.
Dwayne “The Rock” Johnson é Will Sawyer, um veterano de Guerra e ex-líder de operações de resgate do FBI que agora é responsável por avaliar a segurança de prédios e empreendimentos. Ele está na China como consultor para avaliar o mais badalado e extraordinário prédio já construído e ele está lá com sua família – Neve Campbell faz sua esposa.
Ocorre que uma rivalidade corporativa pode estar por trás da sabotagem do sistema de segurança do prédio antes mesmo de sua inauguração formal e Sawyer é o bode expiatório perfeito. Para piorar, sua família está no prédio em chamas.
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O roteiro não é brilhante e as soluções, todas previsíveis, podem ser intuídas com milhas de antecedência, mas o filme entrega o que promete. É diversão do início ao fim. Rwason Marshall Thurber, que já havia dirigido The Rock em “Um Espião em Meio” (2016) tem consciência de que só está ali para manter o bonde andando e faz bom uso dos efeitos especiais. Ele prova que pode muito bem comandar filmes de produtor.
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É claro que em filmes como esse, o espectador precisa ser condescendente. Um The Rock sem uma perna e com o corpo cheio de estilhaços vai segurar uma ponte no muque, assim como atravessar turbinas no topo de um prédio de mais de 200 andares. Mas “Arranha-Céu” traz uma verdade inexorável: Se você não consertou o que quer que seja com fita adesiva é porque não usou fita adesiva o suficiente. Eis um filme para curtir com um balde de pipoca sem medo de ser feliz na sala escura.