Depois da apoteose de “Vingadores: Guerra Infinita”, a Marvel volta a operar nos beats mais básicos com “Homem-Formiga e a Vespa”, ainda que a cena pós-créditos estabeleça uma ligação direta com o filme que tem Thanos (Josh Borlin) como protagonista.

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Cena de Homem-Formiga e a Vespa, que estreia nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (5)
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Cena de Homem-Formiga e a Vespa, que estreia nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (5)

Dirigido pelo mesmo Peyton Reed que assumiu o original após a saída de Edgar Wright, “ Homem-Formiga e a Vespa” repete a fórmula do original na mesma medida em que se esforça para acomodar mais de Hope (Evangeline Lilly), que embora tenha ido parar no título do filme, não ganha um plot a contento.

A admiração de Scott Lang ( Paul Rudd ) pelo Capitão América continua rendendo boas piadas. Aliás, essa admiração rendeu ao protagonista o estremecimento de sua relação tanto com Hank Pym ( Michael Douglas ), como com Hope. Além de ter lhe garantido mais um tempo de prisão.

É nesse compasso que o novo filme começa e a experiência de Scott no mundo quântico, no clímax do filme anterior, será de suma importância para o principal motor da sequência. Hank e Hope decidem ir para lá com a finalidade de resgatar Janet Van Dyne (Michelle Pfeiffer), que tinha sido dada como morta por Hank, que julgava ser impossível sair com vida dessa fenda dimensional.

Cineclube: "Homem-Formiga" representa volta da Marvel ao básico e é sucesso criativo

Homem-Formiga e a Vespa
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Homem-Formiga e a Vespa

O filme que ganha o reforço de Laurence Fishburne, como um cientista que já fora colaborador de Hank e hoje é um rival no campo do pensamento científico, continua tendo no agitado e ansioso personagem de Michael Peña um de seus grandes pontos positivos. Melhor piada do primeiro filme, a cena da dublagem volta e garante um dos melhores momentos da continuação.

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A atriz é esforçada, mas o material é ruim e a vilã de Homem-Formiga e a Vespa decepciona

O filme carece, porém, de um antagonismo prático. A vilã, porém, vivida pela esforçada Hannah John-Kamen, jamais soa como uma real ameaça e, eventualmente, nem mesmo como vilã. O ótimo Walton Goggins, que dá vida a um traficante de armas e tecnologias interessado no laboratório móvel de Hank, tem muito pouco dramaticamente a oferecer.

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Homem-Formiga e a Vespa”, em sua combinação de fragilidades, é um teste de popularidade para a máquina de fazer dinheiro da Marvel. É um entretenimento que não vai desagradar aos fãs, mas que fatalmente será esquecido ainda em 2018. Sua importância, portanto, diz respeito a força da casa das ideias nas bilheterias a despeito de um produto capenga.

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