Uma nova onda musical está invadindo os brasileiros, trata-se do K-Pop, o gênero musical que nasceu na Coreia e promete ser a mais nova febre mundial. No entanto, nem tudo são flores e infelizmente ainda há certo preconceito com relação a essa cultura. Para tratar melhor sobre o assunto, o iG Gente conversou com a youtuber Gaby Brandalise que é amante desses hits dançantes.
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Aos 35 anos de idade, Gaby Brandalise garante que K-Pop é muito mais do que as batidas da música. “Além da musica é cultura . A Ásia tem linguagem própria. É enriquecedor!”, ressaltou a youtuber de Curitiba.
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A cultura desse hit asiático é um tanto quanto energizante e diferente, motivos pelos quais a ruiva afirma ser a causa de espanto para muitos: “As pessoas não conhecem e tem preconceito, o diferente causa estranhamento”. Tal fato faz com que ela, assim como outros admiradores, sofra certo preconceito por curtir uma tendência dita como fora do padrão. “Já falaram que um dia eu vou sentir vergonha por ter gostado disso. Já ouvi gente dizendo ‘eles são estranhos, clipes esquisitos, jeito bizarro, por que você gosta?’”, relembrou.
No entanto, as críticas não afastam e nem diminuem a admiração pelo gênero musical. De acordo com ela, os fãs de K-Pop são guerreiros, já que ainda é muito difícil encontrar materiais desse tipo aqui no País, como álbuns e afins, sendo este também um dos motivos pelo qual ela ainda não conseguiu contato com nenhum desses artistas, até agora.
“Não consegui contato ainda, isso é muito difícil porque são bandas que dificilmente vem pra cá. Os álbuns são importados e o frete custa uma grana, o conteúdo coreano é muito caro. Para ir em um show é muito mais caro, tem que viajar pra coreia. Quem gosta é muito guerreiro”, revelou Gaby.
Ainda, de acordo com a youtuber há falta de oportunidade para o gênero conquistar um espaço maior na terra brasileira: “O K-Pop está crescendo aqui, mas ainda não chegou ao auge. Faltam eventos e veículos especializados de imprensa.”, afirmando que embora esteja em certo crescimento no país, ainda existem muitas pessoas que não têm ideia do que seja o gênero musical, o que para ela é uma pena.
Muita cultura envolvida
Amante da cultura asiática como um todo, Gaby garante que o K-Pop precisa ser sentido: “É música. É imagem. É coreográfica. Você vê, ouve e sente”.
Você viu?
O prestígio por esse tipo de arte já é fato consumado na vida da curitibana que sempre teve contato com a cultura japonesa por gostar de mangas e animes. Entretanto, o apreço musical pela Ásia veio um pouco mais tarde, ao achar uma lista com esse tipo de canção na web, seguida da descoberta do cantor PSY, o coreano que conquistou espaço entre os brasileiros. Desde então, os hits se tornaram certeiros na playlist dela.
Assumindo ter mergulhado de cabeça na cultura asiática, Brandalise não escondeu seu gosto por dramas coreanos, esses que ela julga ter linguagem totalmente própria, assim como o cinema e as vestimentas diferentes.
A ruiva também aproveitou o momento para prestigiar a iniciativa do World Pop Festival, que vai trazer ao Brasil bandas de K-Pop e muita interação com o público. “A iniciativa é maravilhosa. É um espaço para o fã e dá pra ter interação, conhecer novas pessoas e se manifestar no sentido artístico, muito legal. Também acho importante pra divulgar a existência do gênero, as pessoas podem descobrir mais e gostar daquilo”, elogiou.
Quando questionada sobre sua banda preferida, a curitibana revelou ser SHINee. Vale ressaltar que no final de dezembro um dos integrantes do grupo, Kim Jong-hyun, de 27 anos, se suicidou em sua casa em Seul , na Coreia do Sul. O fato abalou as estruturas de Gaby, que relembrou a perda: “Ele era compositor, fazia coisas lindas, ele tinha poesia no que fazia. Nunca vai ser substituído. Fiquei devastada, porque o K-Pop remete a felicidade. Isso não é comum”.
Mais sobre Gaby Brandalise
Aos 35 anos, Gaby Brandalise revelou que sempre teve medo de ser rejeitada por conta da idade, mas logo se tornou um dos grandes sucessos na plataforma digital com seu canal autointitulado. Mas enganasse quem pensa que sempre foi assim. “Tenho o canal há três anos e passei dois deles falando pra ninguém”, contou.
Uma grande curiosidade é que o canal da ruiva não surgiu de uma inspiração, mas sim de uma ausência de conteúdos, no caso, materiais sobre K-Pop para um público mais velho. Entretanto, Gaby tem uma média de fiéis admiradores com faixa etária jovem, entre 18 e 24 anos, que se identificam com as publicações e até ousam chamá-la de mãe.
O canal junto a sua paixão pela Ásia resultou na publicação de um livro, “Pule, Kim Joo So”, um drama que mistura a cultura de origem da autora com sua cultura de coração. “Brinquei com os clichês coreanos e brasileiros, semelhanças e coisas culturais. Tem um ritmo enérgico com muita emoção, virada inesperada, linguem de roteiro. Um livro pra ler como se estivesse assistindo aquilo.”
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Tal trabalho é um dos grandes marcos em sua carreira e Gaby garante que o segundo já está em andamento. “Minha maior realização foi publicar o livro com uma grande editora, ainda mais sendo um livro de estilo diferente para ela, mas teve uma aceitação muito boa. Outra realização é o crescimento do canal, que atraiu atenção das pessoas”, contou a fã de K-Pop .