Marília Mendonça morre, aos 26 anos, em um acidente aéreo
Dioudmar Santiago
Marília Mendonça morre, aos 26 anos, em um acidente aéreo


Marília Mendonça faria 27 anos nesta sexta-feira (22). Seria óbvio dizer que ela partiu cedo demais. Mas, quase nove meses após a trágica morte em um acidente aéreo, a cantora ainda é tão presente no cenário cultural brasileiro que torna difícil demais superar a perda precoce.

A artista acaba de ter músicas inéditas divulgadas pela equipe em um EP póstumo , fez história no Spotify como a primeira brasileira a atingir 8 bilhões de plays na plataforma e tem ainda projetos e parcerias que já estavam prontos com outros artistas.

Por aqui, posso dizer sem medo de errar que nesses nove meses foram pouquíssimos os dias que se passaram sem que ao menos uma música de Marília Mendonça tocasse intencionalmente, por recomendação de algum app de streaming ou na playlist de uma rádio.

Ela conduzia a carreira de tal forma que o público a sentia como uma grade amiga. E não é para menos. As letras das músicas refletiam a dor de muita gente, no Twitter tinha comentários sobre o dia a dia de todo mundo. Tinha tanta verdade nas ações da artista que ela era, ao mesmo tempo, uma gigante e uma de nós. Certeza de que ela adoraria falar sobre Maria Bruaca, de “Pantanal”, ou teria sido a parte mais legal do morno “BBB 22”, atuando como comentarista não oficial.

Marília Mendonça revolucionou o sertanejo e a música de uma forma geral. No país em que artistas do gênero foram alvos de investigação por shows com contratos superfaturados, ela foi a que fazia apresentações surpresas e gratuitas pelo país.

A goiana foi intensa e transformadora. Teve uma vida curta, mas fez muito em sua existência. Partiu, mas ainda se faz presente na nossa vida. Morreu a pessoa, mas a artista ainda vive em nosso imaginário. Marília foi e ainda é única.

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