Um livreiro, alguns livros, uma menina e uma missão: garantir com que títulos recém-chegados alcancem as mãos certas, e também com um detalhe que não posso esquecer: a capa é um charme. “O passeador de livros”, de Carten Henn (Editora Intrínseca), é um dos livros mais delicados que já li (e com certeza com o melhor assunto também).
Sucesso na Alemanha, país natal do autor, o livro, que traz o tom de fábula, onde nos dá a liberdade de passearmos pelo limiar entre a fantasia e a realidade, encontramos o livreiro Carl Kolhoff, que aos 72 anos caminha todas as tardes com sua mochila e seu chapéu de aba curta para entregar os livros encomendados pelos seus clientes mais especiais.
Durante sua jornada pela sua livraria, Carl tem a chance de trocar algumas palavras com um elegante cavalheiro da Inglaterra Vitoriana, ou ainda de solucionar misteriosos erros tipográficos só para satisfazer a curiosidade da Sra Pippi, mas tudo isso pode acabar, pois seu emprego como livreiro está com os dias contados.
Uma trama que aborda a força da conexão entre as pessoas e os livros, trazendo personagens complexos e fascinantes. Uma história sem dúvida linda, que é o resumo da força que o livro tem na vida de uma pessoa. Transformadora, a leitura é capaz de nos tirar da escuridão e da ignorância e nos mostrar uma luz que as vezes insistimos em deixar apagada.
Para sugestões e pautas: [email protected]