Até então inédito no Brasil, ‘Colchão de Pedra’ (editora Rocco), da autora premiada Margaret Atwood, traz uma série de narrativas com personagens sombrios, elementos góticos e humor afiado. Autora do famoso título “O Conto da Aia”, Margaret mantém seu estilo trazendo personagens femininas e explorando o tema do patriarcado.
Um dos contos que dá título ao livro e que em breve vai ser filme, Verna, conta a história de uma viúva embarca em um cruzeiro pelo Ártico depois da morte nada acidental do seu quarto marido. O inesperado acontece quando ela vê entre os passageiros o homem por quem foi abusada e humilhada décadas antes. Nas telas, a protagonista será interpretada por Julianne Morre.
Outros três contos são interligados por um personagem em comum: o egocêntrico poeta Gavin Putnam. No primeiro texto, ele passeia pelas memórias um tanto confusas da namorada de juventude. No segundo, enquanto coloca à prova a paciência da atual esposa, que é muitos anos mais nova, ele relembra uma parte de seu passado inconsequente. Por ressentimentos, decide comparecer a seu velório.
Na trama seguinte, uma jovem se vê vítima de uma rara doença ou de uma inesperada maldição. Quando seu corpo começa a ganhar uma aparência sobrenatural, ela precisa lidar com a vergonha da família. Não demora até que sua morte seja encenada e ela decida viver totalmente isolada no quarto de uma fazenda.
As marcas da violência, a consciência da mortalidade e os mitos da velhice são alguns dos temas que perpassaram as noves histórias de ‘Colchão de Pedra’. Margaret Atwood, cuja obra foi publicada em mais de 35 países, é autora de mais de quarenta livros de ficção, poesia e ensaios críticos.
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