Natália Deodato venceu a terceira temporada de "Bake Off Brasil Celebridades", disputada com Dani Gondim e Rodrigo Capella, neste sábado (6). O formato, coproduzido pelo SBT e pelo Discovery Home & Health, teve uma prova técnica e outra criativa, inspirada nos anos 1950, para a escolha da campeã. A ganhadora, que integrou o "BBB 22", agradeceu à avó pela vitória no programa de culinária.
Apesar de a ex-sister ter levado o troféu e o cobiçado avental preto, não há como não elogiar a participação e a entrega de Capella, que fez parte da quinta edição de "A Fazenda", da RecordTV, e de Gondim, que ganhou projeção nacional ao encarnar a vilã Nicole da trama "Carinha de Anjo", na mesma emissora. No currículo dela também constam passagens por "Malhação", em 2012, e "Bom Sucesso", em 2022, ambas da Globo.
Após a exibição do último episódio, Dani Gondim, de 30 anos, que é modelo desde os doze e já desfilou para marcas como Moschino e posou para "Elle", "Vogue", "Glamour Italia", entre outras publicações importantes, bateu um papo com o site e deu detalhes da atração comandada por Nadja Haddad e do curta-metragem "Nuvens de Chantilly", com direção de Marcoz Gomez que vai começar a percorrer festivais. Além de atuar, escreveu, produziu e deu as caras no clipe da música tema do projeto.
Paralelo a isso, é embaixadora do Instituto Povo do Mar, em Fortaleza, Ceará (sua cidade natal). A ONG tem por finalidade garantir o acesso à educação, ao esporte e à cultura para o pleno desenvolvimento de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade nas comunidades locais. E, em todo fim de ano, apresenta as lives para arrecadações on-line. Mas não acabou, não. Dani ainda faz conferências para quem sonha em seguir a carreira artística de modo sustentável e equilibrado.
"Eu acho que figuras públicas que lucram com o apoio de seus admiradores deveriam ter como base devolver esse cuidado com a sociedade. Cada qual da sua maneira, nos seus limites, mas vejo o mundo como um circuito que precisa ter o dar e o receber para fluir bacana. Yuri Marçal e Fabio Porchat, por exemplo, escolhem empresas artesanais, pequenas e disponibilizam publicidade gratuita. É legal, e tem inúmeras formas de, ao menos parcialmente, fazer essa roda social girar", destacou ao longo do bate-papo. Confira os melhores momentos!
1. Dani, você estava no ar no "Bake Off Celebridades". Como foi a experiência?
Única, pulsante. Fazia tempo que não sentia algo assim. Foi um estímulo diferente, horas e horas de pé cozinhando durante semanas. O corpo não estava preparado para essa atividade. Não abriria mão de nenhum segundo dessa deliciosa aventura.
E, como disse em meu discurso de eliminação, tem o dedo de cada um de meus companheiros nos bolos servidos. Fomos parceiros do começo ao fim. Gratidão é a palavra que pode definir o meu sentimento. Todos, sem nenhuma exceção, foram essenciais.
2. Aliás, já fazia doces?
Sempre gostei de cozinha, adorava criar pratos, mas nunca fui de seguir receitas e descobri que confeitaria é química pura, tudo transforma o resultado final, e uma pitada pode fazer toda a diferença.
3. Foi competitiva no "Bake Off". E, na vida, costuma ser?
Sim, comigo. Não aceito entrar em um empreendimento e não me dedicar para ser o meu melhor. Se decido fazer determinada coisa, quero ou, ao menos, tento fazer bem-feito. Em geral, o problema é a dose. Às vezes, exagero isso na autocobrança.
4. Sua carreira como top internacional é linda, e hoje você dá palestras. Como são essas trocas? O que fala para os iniciantes que gostaria de ter ouvido quando começou?
Deve haver muita dedicação e entrega de um período que passa super-rápido, bem como disciplina e base emocional para entender que o auge é na juventude. Logo, uma noção financeira para segurar os altos e baixos é primordial.
Outro fato é que "sim, como quase tudo que fazemos, a sorte também está presente". Certas coisas estão além do nosso controle.
5. Atualmente, temos visto atores nordestinos em papéis de relevância na TV, no cinema e no streaming mantendo seus sotaques. Como enxerga essa modificação de mercado?
O máximo! É uma alegria ver tantos nomes brilhantes tomando seu devido lugar de destaque nas telas, e acho que esse é o início de uma trajetória bacana que está por vir, que é a disruptura do estereótipo. São mais pessoas interpretando pessoas. O povo do nordeste apresenta uma infinidade de falares regionais, se veste de modos específicos e tem variadas profissões. Um passo de cada vez, e vamos conseguir mostrar essa diversidade existente.
6. Atriz, modelo, compositora. O que falta fazer?
Tudo que a arte me permitir ser e aprender. Adoraria intensivar minhas aulas instrumentais para tocar bem violão, piano e gaita. Estamos construindo nossa casinha em Fortaleza, e projetei um ateliê para meus quadros, mas em ritmo amador. São áreas que me relaxam e, se eu transformar em trabalho, o perfeccionismo não vai me fazer desfrutar desse contentamento.
7. Como foi interpretar a Nicole em "Carinha de Anjo" e falar diretamente para os espectadores infantojuvenis? Mantém boa relação com essa turma?
A maior diversão foi descobrir que é um público mais amplo, de avós e pais. Eles assistem com seus pequenos e adoram a estética da história "familiar", podendo vê-la juntos. É uma audiência cativante, que acompanha a novela e manda amor e carinho.