O chocalhar dos bondinhos amarelos característicos de Lisboa não ecoa apenas pelas ruas de paralelepípedo da capital portuguesa, mas também no imaginário e nas redes sociais de Aguinaldo Silva.
Ao compartilhar uma situação — no mínimo, inusitada — enquanto usava o disputado meio de transporte (chamado de elétrico) para ir ao principal símbolo da boemia lisboeta, o novelista de 79 anos arrancou sorrisos sinceros dos usuários do microblog.
"Entrei num bonde superlotado rumo ao Bairro Alto e fiquei todo feliz quando um sujeito começou a me apalpar... Até que percebi suas reais intenções: ele estava tentando descobrir em que bolso da calça eu guardava a carteira! Que decepção", começou desabafando.
A partir daí, o jornalista e escritor, conhecido como o único dramaturgo a criar tramas para o horário nobre da Globo,
leu de tudo um pouco, desde "certeza que era brasileiro", passando por "isso é comum aí, já fui furtado nesse bonde" e, para completar, uma frase no melhor estilo choque de realidade, que dizia: "Não era amor, era cilada".