Renata Tobelem
Ricardo Penna
Renata Tobelem


Parafraseando o ex-diretor dos Estúdios Globo Ricardo Waddington, "não existem papéis pequenos, existem atores bons transformando seus personagens". Um belo exemplo disso é Renata Tobelem, que está no ar como a governanta da casa de Guerra, vivido por Humberto Martins, em "Travessia". A carioca de 44 anos vem ganhando destaque a cada capítulo escrito por Gloria Perez. 

Celebrando 28 anos de estrada, a atriz, roteirista, diretora e professora de teatro do Tablado estreou na TV no seriado "Caça Talentos", protagonizado por Angélica e exibido dentro do programa "Angel Mix", de 16 de setembro de 1996 a 20 de novembro de 1998. Ainda constam em seu currículo as telenovelas "A Vida da Gente", "Amor à Vida" e "Espelho da Vida" e o humorístico "Zorra".

Jade Picon e Renata Tobelem
Reprodução/Instagram
Jade Picon e Renata Tobelem


Em um bate-papo leve e descontraído, a intérprete de Dina contou ao iG Gente que está longe dos palcos desde o término da temporada do monólogo "A Quantas Separações uma Mulher é Capaz de Sobreviver", que escreveu a partir de histórias pessoais. Entretanto, adiantou que, em breve, será vista no longa-metragem "Fazendo Meu Filme". Soma-se a isso o seu lado docente. Sim, Renata leciona e prepara atores para testes e self-tapes, ou seja, ela não para. Confira os melhores momentos da conversa na íntegra!


Renata Tobelem
Ricardo Penna
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1. Dina foi conquistando espaço ao interagir com vários núcleos ao longo da novela. Como surgiram as características dela que, a princípio, parecia ser somente uma simples empregada?

Fico feliz quando comentam isso, porque foi o que tentei fazer! Criar camadas e nuances dentro de uma personagem que poderia ser óbvia. Entendi que, com cada um, ela tinha uma relação, mas sempre com a sua essência. 

2. Podemos declarar que Dina tem interesses no Guerra, o seu patrão?

Acho que sim! Talvez uma superproteção, admiração, mas há algo especial. 

3. Em recente entrevista, você disse que as mídias sociais interferem cada vez mais no sucesso das produções. De que modo tem lidado com elas e como tem sido a resposta do telespectador?

Acho que as redes impactam geralmente em tudo. A rapidez com que a notícia ruim se espalha é assustador. Já a boa, nem tanto. E os usuários estão sem tato… Aprendi a receber as críticas, mas bloquear quem vem só detonar, o que, aliás, é bem pouco, porque a Dina tem uma aceitação absurda! É gratificante saber que ela inspira e toca o público. 

Renata Tobelem
Ricardo Penna
Renata Tobelem


4. De um tempo para cá, diversos rostos conhecidos andam expondo sua indignação com a escalação de elenco por seguidor. Como analisa esse "recente mercado"?

Cruel. Porém, estou entendendo que temos que nos adaptar. Digo para os meus alunos que hoje podemos mostrar nossa arte onde quisermos, algo que não tínhamos anos atrás, mas nunca fazer algo que não nos deixe à vontade só para agir como os demais. Eu me comunico com quem me acompanha de forma verdadeira. Não sei se consigo ir além. Atualmente não, amanhã pode ser (risos).

5. Dina pode ser considerada uma "mãe" para Chiara, visto que a jovem foi criada apenas pelo pai, certo? Como se estabeleceu essa convivência amistosa, que é nítida, e cenográfica com Jade Picon? Esse sentimento também transcendeu os estúdios?

Construí a Dina no afeto com a Chiara porque pensei que essa relação seria necessária e bonita! E deu certo, porque fizemos isso juntas, eu e Jade, com a direção e a Gloria! E fora de cena nos amamos muito! Eu a acolhi desde o primeiro dia. E somos amigas! Jade ficará para sempre em minha vida!

6. Você dá aula de teatro no renomado Tablado, no Rio. Como é lidar com os sonhos e as expectativas alheias?

Uma baita responsabilidade e lindo de viver! Cada um tem um talento diferente, e tento mostrar que isso é o mais bacana. Sua assinatura pessoal. Que é uma carreira fascinante, mas séria. Abdicamos de muita coisa para seguir por esse caminho!

Renata Tobelem
Ricardo Penna
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7. Sendo professora, como é acompanhar as próprias encenações? É autocrítica?

Muito! Mas assisto a tudo para corrigir, melhorar. Tem que tomar cuidado para não enxergar só defeito! Somos bons nisso (risos).

8. Com o olhar de mestra, como é ver a interpretação de outros profissionais, inclusive sem ser colega deles?

Ah, eu me atento para os detalhes, e tudo me inspira. Até o que não gosto me serve de aprendizado! Vejo série, filme, porque absorvo conteúdo sempre observando. Às vezes, perco a história por focar uma atuação, uma marca, um plano, aí volto para rever (risos).

9. Como cidadã, o que faria caso assumisse um cargo de relevância na área cultural de um governo?

Implementaria nas escolas a arte como um todo, para o jovem ter mais acesso e contato com ela. Percebo uma pobreza de cultura muito grande hoje em dia (com exceções, é claro!). E ajudaria aqueles com menos oportunidades a realizarem seus projetos. 

Renata Tobelem
Ricardo Penna
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10. Quais seus próximos passos, já que estamos na reta final do folhetim?

Por enquanto, descanso, mas logo, logo conto as novidades! E estou aguardando a estreia do longa de que fiz parte, o "Fazendo Meu Filme", baseado na obra de Paula Pimenta. 



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