Nesta terça-feira (28), Fred Nicácio foi o sétimo eliminado do "Big Brother Brasil 23" com 62,94% dos votos, em uma disputa com Cara de Sapato e Cezar Black. Como se isso não bastasse, ainda precisou lidar com outro baque: o racismo religioso envolvendo seu nome dentro do programa e, o pior, pelos participantes por quem tinha mais proximidade: Key Alves, Gustavo Benedeti e Cristian Vanelli.
"Não é interpretação equivocada, é julgamento. É grave, destrói a fé e aniquila pessoas. É muito sério. Isso machuca a gente", disse o doutor e influenciador digital, visivelmente emocionado, durante o "Bate-Papo BBB", apresentado por Vivian Amorim e Patrícia Ramos. "Eu sentia algo diferente desde a segunda liderança, mas não esperava. Decepção não mata, ensina a viver", pontuou.
Pensando nesse assunto, perguntamos ao advogado e especialista em crimes virtuais José Estevam Macedo quais medidas devem ser tomadas em casos assim. Logo de início, o doutor ressaltou que "a forte emoção, os esforços físico e psicológico, aos quais os integrantes do programa estão submetidos, devem ser considerados antes de serem punidos por qualquer atitude que seja, ou até mesmo se, em tese, praticarem algum crime".
Em seguida, Macedo destacou que o sectarismo, com toda certeza e clareza, deve ser combatido pelas autoridades policiais e judiciárias, não podendo o Estado democrático de direito permitir o apoio à discriminação e à desigualdade. Por fim, recordou que a sentença na internet é cruel e, na maioria das vezes, não possui qualquer embasamento técnico-legal.