Formada pela Casa das Artes de Laranjeiras, Carol Portes, com 41 anos de idade e vinte de carreira, está fazendo o seu début nos folhetins globais como a intérprete de Dalva, a dona do brechó de "Cara e Coragem". No enredo escrito por Claudia Souto, a também produtora cultural divide a cena com Anita, de Taís Araujo, e Armandinho, de Rodrigo Fagundes. "É o elenco dos sonhos!", começou dizendo. 

Em seguida, a artista, que fez parte do seriado "Adorável Psicose", do Multishow, e do humorístico "Tá no Ar: A TV na TV", da Globo, acrescentou: "Depois de tanto tempo trabalhando em outros formatos, vivenciar essa novidade foi marcante! Estou superfeliz com essa experiência que adicionei ao meu currículo com a qual sempre sonhei. Criar essa Dalva e conviver com ela quase um ano inteiro, com todas as modificações que vão surgindo, é um desafio e tanto!".

Mas, antes de migrar para o vídeo, Carol já tinha mostrado o seu potencial nos palcos por meio dos espetáculos "A Ratoeira", "A Forma das Coisas" e "Rita Lee Mora ao Lado" e nas telonas com os filmes "Amor em Sampa", "Desculpe o Transtorno", "Amor.com", "Chorar de Rir" e "Amor sem Medida". Somam-se a isso os curtas-metragens "Malu e Fred", que lhe rendeu o prêmio de melhor atriz no Festival Curta Santos 2009, e "Pedaços", que a premiou na mesma categoria no Festival Curta Neblina 2013. Confira os melhores momentos na íntegra! 

1. As telenovelas são parte do cotidiano brasileiro. Acha que fazê-las é imprescindível para a carreira de ator?

Não acho que seja fundamental, mas acredito ser transformador. Faz parte das nossas vidas desde pequenos. Por décadas, temos personagens icônicos entrando nas nossas salas diariamente. É, na verdade, outro nível de aproximação com o público, e considero deliciosa essa troca a nível nacional.

2. Depois de ter feito vários programas de humor, em "Cara e Coragem'' você põe em prática, mais uma vez, seu lado cômico. Fica incomodada por estar sempre sendo rotulada nesse aspecto?

De forma alguma, pelo contrário, me sinto lisonjeada em ser considerada "engraçada", "cômica", "divertida''. Com tantos comediantes e humoristas maravilhosos, é uma honra ser "colocada nesta caixa". Gosto sempre de lembrar que minha formação é em artes cênicas e me sinto preparada para enfrentar novos desafios em outros gêneros. Não tenho medo do que está por vir. Seja em que me colocarem, estarei feliz por trabalhar com este ofício que amo.

3. "Cara e Coragem'' vai ao ar até janeiro, mas as gravações já estão se encerrando. Tem algo novo pintando por aí?

Tenho, sim, um projeto que, a partir do mês que vem, começaremos a levantar! O texto é de Rodrigo Nogueira, a direção de Marcio Macena, e estarei em cena junto de Rafael Maia. É idealizado entre amigos, e estou com muita saudade de voltar aos palcos. Não vejo a hora de começarmos os ensaios. 

4. O que veremos de Dalva nessa reta final da história?

Ela segue fiel e leal à amizade com Anita, e, sem muito spoiler, podemos esperar que termine bem feliz e sorridente!

5. Como analisa suas conquistas nessas duas décadas?

Sou feliz com a estrada que percorri até agora. Quando olho para trás, vejo uma trajetória de ascensão gradativa. Devagar e sempre, mantendo trabalhos de qualidade e diversificados. Faltava uma novela, e não tem nada mais gratificante do que coroar vinte anos de carreira com esse presente.

6. Você é mãe de uma menina. Como tem sido ficar na ponte-aérea para poder atuar?

Ah, certamente essa foi a única parte dolorida de fazer "Cara e Coragem". Foi duro no início, mas depois das primeiras semanas conseguimos entrar em um entendimento bacana que deixou tudo mais fácil nos meses seguintes. Mas a saudade, essa não passou um dia sequer, porém valeu a pena. Helena é uma menina esperta e, apesar da pouca idade (acabou de completar cinco anos), me surpreendeu ao me apoiar em ir para o Rio para "fazer a Dalva". No futuro, vai entender, tenho certeza.

7. Quais seus sonhos profissionais?

Tenho alguns planos com personagens que não me saem da cabeça e eventualmente vou montá-los. Apenas esperando o momento certo.