Aos 33 anos, o ator, comediante, imitador, apresentador, professor de improviso, DJ e advogado Caio Pozes não para! Ele, que começou a estudar teatro aos quinze anos, está no elenco de "Além da Ilusão", de Alessandra Poggi, como o locutor da rádio Estrela de Campos.
Além de ter no currículo alguns espetáculos e novelas, como "A Dona do Pedaço", na Globo, e "Amor Sem Igual", na Record, ainda constam a apresentação da cobertura do Rock In Rio 2019 e os humorísticos "Os Suburbanos", "Tô de Graça" e "Tudo Pela Audiência", todos no Multishow.
Vale frisar que é também o criador da série "Família Coronga", que conta com mais de vinte episódios e na qual dá vida a seis personagens: o Lockdown, o Covidson, o Álcoolgelson, a Ótima, o Josefino e a Quarentina.
Para falar desses temas e do reencontro com Rafa Vitti nos sets de gravação, Pozes topou bater um papo com o iG Gente . Confira os melhores momentos na íntegra!
1. Como surgiu a oportunidade para "Além da Ilusão" e o que mais chamou sua atenção na novela?
Fui convidado pelo produtor de elenco Fábio Zambroni. Acredito que tenha sido por eu já trabalhar com locução e pelo fato de o personagem se tratar de um locutor de rádio.
2. Conte um pouco sobre o papel e o seu processo de criação.
O meu personagem é o locutor da rádio da cidade. Ele entrou na trama no concurso de moda "Senhoritas Galantes", entrevistando e fazendo a narração ao vivo, assim como acontecia na época.
3. Como foi reencontrar e voltar a contracenar com Rafael Vitti, com quem você atuou em "Malhação"?
Rafa é um brother que sempre acreditou no meu trabalho, e essas pessoas que acreditam em mim são especiais. Nosso reencontro foi mágico, fazendo jus ao personagem dele. Também me recepcionou muito bem. Atuar com amigos sempre ajuda a tornar tudo mais legal.
4. Com dezoito anos de carreira, o que te motiva a seguir atuando, mesmo num momento caótico das artes por conta do governo e da pandemia?
O que me estimula é o amor. Quando a gente faz o que ama, nada nos faz parar.
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5. Você costuma se ver no ar? É crítico?
Sim, gosto de me assistir. Acho que cada personagem é um desafio e um processo de evolução. E gosto de fazer isso justamente para me avaliar e poder melhorar.
6. Na pandemia, você criou uma série nas suas redes sociais. Como foi proporcionar risadas aos espectadores justamente num período tão difícil?
Boa pergunta! Nos primeiros meses, evitei tocar no assunto, porque era muito delicado fazer humor com algo tão sério. Mas as pessoas em casa ficaram carentes de conteúdos humorísticos, pois o jornalismo só mostrava tristeza. Foi aí que fiz umas lives imitando políticos e famosos e depois tive a ideia do seriado no qual faço seis personagens! E acabou sendo bem aceito pelos meus seguidores a ponto de ficarem mandando mensagem, pedindo mais episódios.
7. Ator, DJ, comediante, professor de improviso, apresentador. O que falta ainda realizar profissionalmente?
Eu gosto de ser versátil, útil e agregar na vida das pessoas. Vou continuar estudando e trabalhando com essas coisas que amo fazer. Todas elas! E, com certeza, criarei outras, porque adoro me desafiar.
8. De uns anos para cá, temos visto um crescimento de artistas e clubes de stand-up comedy no país. Qual a sua opinião sobre isso? Pensa em voltar a fazer espetáculos na área?
O cenário já foi melhor, mas estou feliz porque estamos voltando com tudo. Durante a pandemia, o mercado para comediantes foi bem complicado, mas a internet virou palco para muitos deles, que ainda não a exploravam, mostrarem seu trabalho. E, sim, quero continuar fazendo shows de stand-up. Amo improvisar e fazer as pessoas rirem com as minhas piadas e, principalmente, com as imitações.
9. Você se graduou em direito. Por que optou por essa faculdade? Chegou a trabalhar na área?
Sim, estudei e me formei. Durante a minha adolescência, só minha mãe acreditava na minha carreira de ator. Ela faleceu quando eu tinha quinze anos, e então parei de fazer teatro. Assim que terminei o ensino médio técnico em publicidade, com dezessete, resolvi estudar direito com aquele pensamento de ser bem-sucedido. Confesso que criei uma empatia muito grande pela profissão, e foi válido ter concluído o curso. Mas, de fato, não teve jeito: o amor pela arte foi maior.
10. Agora, a pergunta que não quer calar: está solteiro? Ah, e como cuida do corpo?
Estou namorando. Quanto à forma física, vou para a academia umas três a cinco vezes por semana, sem ser uma coisa muito obrigatória. Dou aquelas corridinhas, jogo altinha, futevôlei, basquete, surfo de vez em quando e participo de um futebolzinho com os amigos. Acho que o segredo é estar se movimentando.