Marcos Pasquim
Reprodução - Instagram - 16.11.2023
Marcos Pasquim

Marcos Pasquim, aos 53 anos, completa 30 anos de carreira entre trabalhos na TV, streaming, cinema e teatro. Em um balanço exclusivo para a coluna, o ator relembra momentos marcantes na Globo, o estereótipo de "descamisado", o momento longe da TV, vida amorosa e, claro, novos projetos.

Galã da TV nos anos 2000, Pasquim ganhou o apelido de "pescador parrudo" ao atuar na novela "Kubanacan" e de "descamisado" por aparecer em tramas da Globo sem roupa. Questionado sobre um incômodo pelo estereótipo, Pasquim ponderou o poder da TV.

"Eu acho que a televisão meio que estereotipa a gente . Fiz muitas novelas do Carlos Lombardi, que, normalmente, se passam em lugares quentes. E em lugares quentes o homem fica normalmente sem camisa. Na minha época, fui eu. Hoje tem o Cauã [Reymond], o Caio [Castro]. Continuam descamisados. A televisão faz isso. Me estereotiparam assim (...) Na grande maioria das vezes que fiquei sem camisa, tinha um propósito. Outras vezes, talvez, não. Mas eu só fazia o que estava escrito. Não tirava porque eu queria, não era uma coisa que partia de mim . A televisão faz isso, usa isso", analisa. 


O ator relembra a rotina intensa de treinos para atuar nas novelas, principalmente as escritas por Carlos Lombardi. "Para o corpo ficar daquele jeito, eu tinha que ter fôlego. Você tinha que cuidar da saúde para aguentar fazer as novelas do Carlos Lombardi, que eram de ação. Eu corria, nadava, saltava, andava a cavalo. Se você não estivesse bem fisicamente, você não aguentaria uma novela do Lombardi . Eu treinava muito, todos os dias. O Lombardi me colocava para começar a gravar às 13h e eu tinha as manhãs para treinar. O corpo respondia, ficava bem definido e ajudava na composição do personagem", relembra Pasquim.

Hoje, o ator treina três vezes por semana, parou de fumar e passou a beber menos. "O meu material de trabalho é o meu corpo, então, tenho que cuidar bem dele", sinaliza.

Marcos Pasquim em Kubanacan
Reprodução - Globo
Marcos Pasquim em Kubanacan


Salário na Globo incomparável, vida financeira e volta à TV aberta

Longe da TV aberta há cinco anos, Pasquim ensaiou um retorno através da Record , no início deste ano, mas a negociação não avançou. "Teve uma sondagem, seria para novela, alguma novela bíblica, e acabou não acontecendo. Uma pena que não aconteceu", conta.

Comparando os formatos de streaming e TV aberta, Pasquim entrega que o salário que ganhou na Globo é incomparável às outras produções. " O dinheiro que você ganha de salário na Globo é incomparável . Eu trabalhei quase 20 anos na Globo. Em filme, seriado, cada um é cada um. Não só o dinheiro. Os profissionais... A Rede Globo é espetacular, sensacional. Sempre amei trabalhar lá. Não sei hoje em dia, mas, na minha época, era maravilhoso", conta o galã, que garante ter feito uma poupança no período "de ouro".

"Desde que comecei a minha carreira, sempre soube que era algo de 'hoje estou trabalhando e amanhã eu não estou'. Sempre que pude, economizei dinheiro. Cheguei a fazer meu pé de meia", explica.

Marcos Pasquim tem no currículo novelas como "Uga Uga", "Chiquititas", "Pé na Jaca" e "Caras e Bocas", e não esconde a vontade de voltar a estrelar uma obra de alcance nacional nas telinhas. "Tenho desejo de voltar à TV aberto [em novela]. Se me chamarem para fazer, vamos conversar, claro (...)  Perguntam porque não estou na televisão e isso não depende de mim. Houve uma renovação na TV ", diz.

O ator está no elenco da série Luz, da Netflix, e comenta que o personagem o impediu de atuar em "Justiça", da Globo, devido à caracterização. "Para fazer a série Luz [Netflix], quando peguei o projeto, eu fiz o teste para a série Justiça, da Globo. E eu peguei também [o papel]. Mas peguei primeiro a da Netflix. E o personagem precisava de uma barba e, em 'Justiça', não. Aí falei: 'me deixa de barba e eu faço os dois'. Aí falaram que não podia e eu não fiz".


Influenciadores X Atores em novelas

A polêmica de influenciadores atuando em novelas chamou a atenção do público. Pasquim questiona o caminho escolhido pelos autores na busca por audiência.

"Quando uma pessoa sai do reality e entra em um produto de dramaturgia, acho que o culpado é a pessoa que colocou ele lá . Acho um erro, apesar das mídias sociais estarem aí, a pessoa tem 20 milhões de seguidores e tal. Mas quem segue vai ligar para ver as pessoas? Se são boas intérpretes? Tenho dúvidas. Não sei se o caminho é esse. Seria melhor investir nas pessoas que estudaram para estar ali do que investir em uma pessoa popular na rede social e, talvez, não seja em um produto dramático. Não acho que seria uma aposta certa", observa.

"Quando você é ator, artista, você estuda para isso. Eu fiz teatro, fiz minha carreira no teatro e estudei para fazer a profissão. A galera que vem de reality show, conseguiu uma fama rápida. Não estou dizendo que não tem talento para estar lá. Grazi, Juliana Alves, fizeram reality e tiveram oportunidade de entrar na Globo, fazer novela. Tenho certeza que estudaram para", salienta.

BBB ou A Fazenda?

O caminho inverso vale? A coluna perguntou para Marcos Pasquim a possibilidade dele aparecer no elenco do "BBB 24", no dia 8 de janeiro. Inicialmente irredutível à ideia, Pasquim entrega uma condição: um bom dinheiro.

"Não, não, nãooooo [com ênfase]. Olha só... nunca diga nunca, mas eu acho bastante difícil. Iam ter que pagar muito dinheiro para eu fazer. Só toparia por muito dinheiro, aí, dane-se. Vai ser difícil me encontrar em um negócio desse aí", afirma.

Assédio nas redes e vida amorosa

O pescador parrudo não sai do imaginário dos fãs de TV do início dos anos 2000. Com dois milhões de seguidores nas redes sociais, Marcos Pasquim admite o assédio dos fãs e conta como a namorada, Karla Nogueira, lida com a situação.

"O assédio é igual ao de antes. Vejo os recados e fico lisonjeado. Agradeço a todos eles. Falam 'que bonito, gostoso'. Que gostam muito do meu trabalho. Eu namoro e as pessoas das redes sabem. Mas sempre tem. A Karla fica com ciúmes, mas é de boa. Eu também levo na boa", se diverte.


Pasquim e Karla deram uma nova chance ao amor no começo da pandemia da covid-19. Os dois namoraram há 25 anos e se reencontraram. No entanto, o modelo de casamento tradicional não está nos planos. "Já casei duas vezes. Eu levo a vida muito leve. Não sei se casar e morar junto... já fiz duas vezes e ela também já foi casada. Vamos tentar de uma forma diferente. Não é um namoro aberto, mas vamos tentar ela lá e eu aqui . A gente se vê bastante", detalha Pasquim.

Novos projetos

O ano novo chega com tudo para o ator.  Marcos poderá ser visto em breve na série "Luz", onde protagoniza a história, e no filme "Morando com o Crush", ambos para a Netflix, com previsão de estreia para 2024.

"Eu faço um capataz na série Luz. Um vilão bem cruel, mau, mas ele tem coração. Não posso dar mais detalhes. Em 'Morando com o Crush', eu faço a parte cômica. Achei um filme bem gostoso", adianta.

Mocinho, vilão, galã ou cômico? Pasquim garante que o maior prazer é interpretar um vilão. "O mais difícil de fazer é o mocinho. O vilão é o mais prazeroso de fazer por ter um leque maior de emoções. Os mocinhos estão em baixa", ri. 

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