A ex-participante do BBB 24 recebeu aulas de afrobetização
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A ex-participante do BBB 24 recebeu aulas de afrobetização

Na última terça-feira (16), Wanessa Camargo surpreendeu os telespectadores do BBB 24 ao afirmar que passou por um processo de "afrobetização" após ser expulsa do BBB 24. A professora Carol Sodré, ativista e especializada em diversidade, foi a responsável pelas orientações sobre pautas raciais.

Durante a final do reality show, a cantora admitiu que procurou uma consultoria especializada em questões raciais: "Busquei profissionais que pudessem me auxiliar nesse processo e tenho refletido muito sobre diferentes aspectos da minha vida. Foi assim que iniciei meu processo de afrobetização".

Assim que usou o termo "afrobetização", Wanessa começou a receber uma chuva de ataques por conta da expressão, pouco conhecida pela massa. Mas quem a aplicou foi a própria Carol, sua mentora, que explicou o conceito.

"Afrobetização, conceito que articula passado, presente e possíveis construções de futuro para expandir e democratizar a pauta étnico-racial de forma estratégica para empresas e pessoas", disse ela em seu perfil no Instagram.


A professora e ativista ainda aproveitou para explicar como chegou até Wanessa e quais foram as demandas apontadas pela equipe da cantora logo após ela ser desclassificada do BBB 24.

"A equipe dela veio me procurar pedindo orientação, principalmente um letramento racial. De cara, já entendi que não era um desafio simples, longe de ser, até porque estamos falando de um cancelamento ligado à pauta racial em escala nacional, mas não sou de negar desafios. Sempre que uma pessoa quer buscar conhecimento, pode ter certeza que esse é o lugar certo, nunca vou negar conhecimento para ninguém", explicou a professora em seu Instagram.

"A gente teve que pensar em como consolidar uma informação com ela em um tempo que não está a nosso favor, porque ela precisava, naquele momento, ir para as mídias e se posicionar, mas se posicionar de forma mais assertiva, responsável e alinhada com a pauta [racial], sabendo que, uma vez que você é atrelada a comportamentos que te tragam para a pauta, você vai carregar isso para o resto da sua vida se não fizer algo responsável com relação a isso (...) A gente enxergou como uma oportunidade de democratizar essas pautas, levar de forma responsável para o público e para as massas", acrescentou.


*Texto de Júlia Wasko
Júlia Wasko é estudante de Jornalismo e encantada por notícias, entretenimento e comunicação. Siga Júlia Wasko no Instagram: @juwasko

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