A influenciadora digital foi condenada por transfobia
Reprodução/Facebook
A influenciadora digital foi condenada por transfobia

Em 2020, quando ainda frequentava a Igreja Universal, Andressa Urach publicou uma imagem de Viviany Beleboni nas redes sociais e escreveu: "O mundo tem afrontado Deus". Cinco anos antes, a modelo transexual ganhou notoriedade por apresentar Jesus Cristo em uma encenação durante a Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo, e isso não agradou à criadora de conteúdo adulto. Anos depois, Andressa Urach foi condenada a pagar uma indenização de R$ 15 mil à Viviany Beleboni

As informações são do colunista Rogério Gentile, do UOL. A imagem de Viviany Beleboni foi colocada ao lado de outras "afrontas", como a própria Andressa Urach intitulou. A cena em questão mostrava um desfile de escola de samba em que Jesus e Satanás se enfrentavam e um cartaz do programa Porta dos Fundos chamado A Primeira Tentação de Cristo.

"Você achou que essa conta não chegaria ao Brasil?! (...) O mundo tem estado muito mais podre que antes do dilúvio (...) Que Deus tenha misericórdia de nós", publicou.


À Justiça, a modelo transexual explicou que se sentiu ofendida com os comentários discriminatórios e pediu uma indenização de R$ 104,5 mil. Por outro lado, a ex-participante de A Fazenda justificou que não agiu com preconceito e que seu argumento foi completamente religioso.

Para ela, Viviant Beleboni violou um símbolo e objeto religioso ao se colocar no papel de Cristo: "Jesus Cristo crucificado é o símbolo máximo dos cristãos (...) [Viviany] ofendeu o ápice da sacralidade dos cristãos".

Em setembro de 2023, Andressa Urach foi condenada em primeira instância. No processo, o juiz Fabio Pimenta informou que a publicação era preconceituosa. "Ainda que não gostasse das representações artísticas, direito que ela tem, não podia agir de forma ofensiva contra uma parcela da população que não deve ser recriminada e ridicularizada, exposta falsamente como causadora dos males e de uma tragédia que vitimou milhares de brasileiros, tão somente por força de sua orientação sexual ou de gênero", declarou.

Apesar de ter recorrido, a criadora de conteúdo adulto também foi condenada em segunda instância, mas conseguiu reduzir o valor da indenização de R$ 30 mil para R$ 15 mil. Para o desembargador Miguel Brandi, o valor é suficiente para cumprir seu "aspecto pedagógico".

*Texto de Júlia Wasko

Júlia Wasko é estudante de Jornalismo e encantada por notícias, entretenimento e comunicação. Siga Júlia Wasko no Instagram: @juwasko

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