A atriz relembrou o cancelamento que sofreu por apoiar o ex-presidente
Reprodução
A atriz relembrou o cancelamento que sofreu por apoiar o ex-presidente

Em 2021, Juliana Paes foi cancelada por não se posicionar politicamente nas eleições. Na época, internautas a criticaram por publicar um vídeo em que defendia a não-polarização e o direito de "não se sentir representada". Após quase três anos, a atriz abriu o jogo sobre sua relação com Jair Bolsonaro.

"É claro que não me expressei no vídeo como gostaria, estava no calor da emoção (…) Minha intenção era estimular uma cultura de paz. Não estava aguentando ver as pessoas se digladiando, amigo brigando com amigo. Sou, por natureza, uma pessoa diplomática. Meu erro foi tentar falar sobre debate e união naquele momento", admitiu ao jornal O Globo.

"Durante a minha vida pública, não levantei bandeiras nem para cá nem para lá. Não votei no Bolsonaro. Não me sinto capaz de compreender a complexidade desses ambientes políticos partidários e tenho pouca fé. Política, para mim, é realizada na prática, na vida real. Contribuo silenciosamente para inúmeros projetos sociais. Faço melhor esse papel atuando em outras frentes", acrescentou.


"Virei o alvo perfeito. Por um bom tempo, tive medo de abrir meu celular. Acabei terceirizando minhas redes sociais para ficar afastada dos comentários. Fiquei impressionada com os lugares que as pessoas me colocaram… Me adicionaram rótulos que nunca me descreveram, fui chamada de 'Bolsominion'", relembrou.

"Demorei a entender que estava deprimida, nunca tinha sentido nada parecido. Mas passei a ter pensamentos que não eram de vida, como 'para que a gente vive?', 'por que a gente está aqui?', 'por que você me jogou aqui? Não queria ter vindo'. Tomei antidepressivo por um tempo e parei. Iniciei a terapia, que havia evitado a vida toda, e mergulhei nos meus treinos físicos", desabafou.

"Nas sessões com a terapeuta, ouviu que vinha sofrendo uma 'curra pública'. Isso é um trauma. E, uma vez que se passa por ele, não se sai a mesma pessoa. A gente fica mais forte. A unanimidade não existe. Nem todo mundo vai me achar fofa, e tudo bem", concluiu.

*Texto de Júlia Wasko

Júlia Wasko é estudante de Jornalismo e encantada por notícias, entretenimento e comunicação. Siga Júlia Wasko no Instagram: @juwasko

    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!