Ronnie Von diz que não pensa em aposentadoria, assume ser um galanteador e fala do casamento
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Ronnie Von diz que não pensa em aposentadoria, assume ser um galanteador e fala do casamento

Ronnie Von expôs seu lado galanteador e bem íntimo ao fornecer detalhes sobre o relacionamento com Kika Von, com quem é casado há 38 anos. O apresentador de 79 anos assumiu que os dois namoram bastante e que possuem uma "ligação de afetividade". Ademais, o veterano aponta os estúdios de TV como o seu combustível para se manter vivo. Ao contrário da trajetória de cantor, que encerrou, e só grava projetos pontuais quando são para a caridade.


"Ela era a minha melhor amiga e dividimos a casa e a cama. Mantemos uma relação muito forte. De amor e de amizade", iniciou. "Nossa vida é rodeada de coisas boas. É claro que se você pegar a melhor amiga corre o risco de perder a sua melhor amiga. Mas no nosso caso foi diferente. Peguei, bem pegado e continuamos juntos. Somos dois adolescentes quando se trata de sexo e não tomo 'trovão azul'. Antigamente era uma coisa cinematográfica. Agora a frequência diminuiu", admitiu em entrevista ao O Globo.

Kika assumiu a criação dos filhos mais velhos do marido, Alessandra e Ronaldo. Eles também são pais de Leonardo. "Ganhei a guarda deles da própria mãe, eu criei. O meu apelido é mãe de gravata. Vejo o mundo com os olhos de mulher. Entrego a minha vida para mulheres, são determinadas. O meu jurídico é feminino, o financeiro também. Minha filha mais velha me dá bilhete de dia das mães", disse.


"E eles tratam a 'boadrasta' como mãe, a trancaram em casa e falaram que nunca mais ia sair de lá. Nesse aspecto dei sorte. Me impuseram esse casamento que felizmente deu mais do que certo", recorda ele, que tem uma forte ligação com os netos, entre eles Stefano, que mora em Portugal. "Esse cara me liga toda semana para falar que me ama. Já pedi um bisneto!", contou.

Ronnie ainda diz que passou 40 anos fazendo, pelo menos, quatro viagens por semana devido aos shows. "Era o meu ofício e tudo o que tenho devo à música. Parei em função disso, cheguei no meu limite. Não quero que aconteça o mesmo com a televisão. Não penso em me aposentar. Estou muito firme. Por mim, trabalharia até morrer e se morresse no palco ficaria mais feliz", disse.

E confessa: "Saio de casa, com algum problema, e quando acende a câmera, me transformo. É isso que de uma certa forma me deixa vivo e me faz sonhar. A televisão é a minha vida, não é a minha sobrevivência. Passou-se o tempo que nós ganhávamos milhões. Hoje a coisa é um pouco mais modésta", afirma ele, aos 57 anos de carreira, que chegou a esconder uma internação, em junho, para não afetar a sua imagem.

O apresentador teve uma pneumonia viral e ficou sete dias na UTI. Atualmente, ele está à frente do Manhã do Ronnie, na RedeTV!

"Tive medo dessa coisa tomar uma proporção muito grande. Não quero transparecer fragilidade. Sou forte. Fiquei quieto. Aviso que estou ótimo. E não faço absolutamente nada. Não tomo suplemento, posso ser chamado de metrossexual, mas nunca fiz nada. Não tenho plástica. Se eu estou inteiro é genética. Estou é muito relaxado. Faço só um trote (caminhada) na quadra de tênis de casa. Minha mulher, Kika, diz que o que me mantém inteiro é a 'surra' após as refeições para estimular o colágeno", divertiu-se.

Apesar da passagem do tempo, Ronnie Von não pensa na finitude. "Nunca tive medo da morte. Isso vai acontecer de qualquer maneira. Quero deixar um recado na minha lápide: 'Fui, mas contra a minha vontade'. Perdi o meu pai, em 2015, e foi duro. Assim como a Ritinha (Rita Lee). Ainda bem que consegui gravar uma música que ela queria, mandei um CD, com uma orquídea e uma carta", comentou.

E recorda que sofreu preconceito na época de cantor: "A ponto de pensar em desistir da carreira. Era chamado de carioquinha, esse calcinha de veludo não canta nada, esse filhinho de papai está tirando lugar de quem precisa. E depois a coisa se inverteu", diz Ronnie, que também era apontado como um dos galãs dos anos 1960.

Esse título ele não quer, mas assume ter uma boa lábia: "Nunca fui galã, mas sou galanteador. Supervalorizo a mulher. Estar perto de uma, elogio, mas longe de assédio. Atualmente, tenho um certo freio de mão. Tenho medo. O mundo está muito chato.", pontuou.

* Texto de Lívia Carvalho
Lívia Carvalho é estudante de Jornalismo e apaixonada por cultura pop. Antes de entrar no time da coluna, foi produtora, apresentadora e repórter no programa Edição Extra, da TV Gazeta. Siga Lívia Carvalho no Instagram: @liviasccarvalho

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