Manu Gavassi enfrentou alguns perrengues ao lado de Rafael Infante para gravar a comédia dramática Não Tem Volta, produzida pela Disney e que está em cartaz nos cinemas desde a semana passada. Durante as filmagens do longa, que traz uma série de reviravoltas, a atriz acabou se machucando. E foi de uma maneira tão inusitada que ela e seu parceiro caíram no riso ao lembrar da situação.
No filme, há uma cena em que eles precisam escalar o muro de uma casa e surgem na tela dando um salto para dentro de uma residência. E foi neste momento que o "acidente" aconteceu. Pode parecer natural imaginar uma eventual queda motivada por desequilíbrio, mas no caso deles foi diferente.
"Subir o muro foi interessante. E o pior, a gente não subiu o muro. A gente se gaba do muro que a gente nem subiu. Colocaram a gente lá", disse Manu, aos risos. "Não teve um momento que a gente subiu o muro não?", questionou Infante. "Tá louco? A gente não subiu o muro. Colocaram a gente lá e a gente ficou assim ‘vamos descer o muro’. A gente ralou o braço fingindo que subiu o muro", completou ela, citando o machucado, que ocorreu mesmo com os dois recebendo todo o suporte da equipe para evitar qualquer dano físico.
"Mas eu digo: Como o ator é frágil, né? Rala um braço num mero fingimento de uma subida de muro", emendou Manu, incrédula com o próprio feito nos bastidores.
Não Tem Volta conta a maluca e inusitada história de amor de Henrique (Rafael Infante) e Gabriela (Manu Gavassi). Assim que ela dá um pé na bunda dele, ele decide tirar a própria vida. Como não tem coragem de se matar, contrata uma empresa de assassinos de aluguel. O problema é que existe uma cláusula no contrato que afirma categoricamente: não tem volta. Ou seja, Henrique não poderia desistir depois de assinar o acordo.
Alguns dias após encomendar a própria morte, Henrique e Gabriela se reencontram e, inesperadamente, ela retorna com o desejo de reatar o romance. É neste momento que a saga do rapaz começa. Ele fica desesperado para descobrir quem foi incumbido de tirar sua vida para tentar se livrar da morte que encomendou para si próprio. E as reviravoltas aqui não poderiam ser mais malucas.
"Através da comédia a gente toca em assuntos delicados. Eu acho que essa história é mais uma fantasia pra brincar com a dor do amor nesse caso. Dele ser covarde e não conseguir lidar com as próprias decisões ou com a vida", avaliou Manu.
"E é engraçado. Quem já lidou com a dor do amor é uma sensação... Não querendo banalizar o assunto de morte e suicídio, mas é uma sensação de morte --dependendo da situação. O amor é capaz de levar a um lugar de muita dor. Também entender, a gente ta falando de sanidade mental, de tanta coisa, com essa leveza, né?", completou Infante.
Quem está acostumado a ver Infante em situações mais cômicas como a de seus últimos trabalhos na TV e na internet, prepare-se para vê-lo em um contexto mais denso e dramático. Embora o filme se apresente como uma comédia, o personagem Henrique exigiu do ator mergulhar em um universo diferente, que pode causar um leve "espanto" em quem acompanha sua carreira.
"Cara, esse 'espanto' que você mencionou eu amo. Me alimenta como um movimento. Mas uma preparação específica pra esse tema não. Eu sou ator da mesma maneira na comédia. ‘Como assim da mesma maneira se são coisas diferentes?’. No sentido de se entregar de verdade. Mergulhar naquilo de verdade. E como eu tenho muito escorpião [signo] no meu mapa, às vezes tem que até me puxar de volta porque eu vou mesmo", analisou.