De volta à Globo com a série 'Vicky e a musa', Leonardo Miggiorin fala sobre seus novos trabalhos e de personagem importante no teatro
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De volta à Globo com a série 'Vicky e a musa', Leonardo Miggiorin fala sobre seus novos trabalhos e de personagem importante no teatro

"Não quis mais fingir ser outra pessoa", pontuou Leonardo Miggiorin os 41 anos, após ter falado publicamente sobre sua orientação sexual. No elenco da segunda temporada da série Vicky e a Musa, do Globoplay, e na versão brasileira da peça The Boys in the Band, que estreia nesta terça-feira (31) em São Paulo, o ator conta que foi um processo natural dizer que é gay e que precisou encarar a vida com mais coragem.

"Ganhei mais autonomia e fiquei mais velho, comecei a achar um pouco ridículo não integrar essa questão nas minhas publicações. Não foi com a intenção de divulgar algo íntimo, pessoal, e, sim, de não fugir mais desse tema, a sexualidade. Não quis mais fingir que era outra pessoa. Estou curioso pra entender como será minha carreira agora. Na minha vida pessoal, nada mudou. O que aconteceu foi um processo de me tornar mais autêntico, de encarar a vida com mais coragem.", avaliou em entrevista o Extra.

O ator, que namora o diretor comercial e produtor João Victor Amado, relatou ainda como foi a recepção do seu relacionamento nas redes sociais: "Em geral são comentários positivos. Há também os que julgam e condenam qualquer ação. Se um artista não expõe a intimidade, criticam; se expõe, criticam também",  ponmtuou.

Miggiorin pode ser visto nas reprises de Mulheres Apaixonadas, da Globo, e Senhora do Destino, no Viva. Atualmente na reexibição de A Terra Prometida, da Record, o ator discorreu sobre como se sente ao rever seus personagens.

"Eu penso: 'que bom que o tempo passou e eu mudei'", divertiu-se. "Comecei a trabalhar adolescente. É como ver uma foto sua antiga. Às vezes me dá um pouco de angústia porque me sinto melhor do que eu era antes, tanto fisicamente quanto psicologicamente. Eu sofria demais com coisas pequenas. Tinha medo de julgamentos", disse.

Leonardo ressaltou sobre a importância de atuar na peça The Boys in the Band: 
"Total importância, porque a peça é política e fala sobre pessoas que sofrem preconceito e exclusão, como eu também já vivi. Não penso que um ator precise ser gay para fazer um personagem com essa característica. Nem o contrário. Mas não faria sentido continuar representando algo sem me implicar nas questões, sem falar da minha verdade", avaliou.

E acrescentou: "Percebi que o mundo já havia mudado, menos o meu discurso. Eu ainda estava com muito medo de não ser aceito ou de não trabalhar mais. Eu estava me isolando por causa do medo. E, quando o medo dirigente nossa vida, nos tornamos solitários e infelizes. Foi um processo de cura falar abertamente sobre quem eu sou", declarou.

E ainda comentou sobre como seu papel na segunda temporada da série Vicky e a Musa: "Faço Renato, um fotógrafo internacional que volta ao Brasil para uma exposição. Ele convida uma antiga paixão e surge a dúvida se é o pai da filha dela, Luara (Tabatha Almeida)", disse ele que também integra a novela Beleza Fatal, da HBO Max, e detalhou que  o público pode esperar um personagem bem diferente de tudo que já fez. "Farei um presidiário perigoso que está tramando sua fuga da cadeia", revelou.

* Texto de Lívia Carvalho
Lívia Carvalho é estudante de Jornalismo e apaixonada por cultura pop. Antes de entrar no time da coluna, foi produtora, apresentadora e repórter no programa Edição Extra, da TV Gazeta. Siga Lívia Carvalho no Instagram: @liviasccarvalho

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