Cuidado para não acessar a versão proibidona do serviço de streaming da Record
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Cuidado para não acessar a versão proibidona do serviço de streaming da Record


Quem passa pelos programas da Record ao longo do dia costuma ser abordado com campanhas para fisgar a audiência e transformá-la em assinante do serviço de streaming, o PlayPlus. Muitas vezes, a propaganda aparece em uma tarja na tela, ou quando apresentadores como Adriane Galisteu, à frente de A Fazenda 15, aconselha o público a acompanhar o reality 24 horas pela plataforma digital. Acontece que alguns dos potenciais clientes, na tentativa de acessar o site oficial, acabam caindo em uma página que deixa os bispos de cabelos em pé, repleto de conteúdos pornográficos. E para "piorar" a situação, o material é totalmente gratuito.


A coluna tomou conhecimento disso após receber a "denúncia" de um telespectador, que ficou preocupado para saber se estava seguindo corretamente os passos indicados por Galisteu ao tentar assinar a plataforma de streaming da emissora. E ele não estava errado: o site PlayPlus também é uma página de conteúdo bem safado.

Mas há um detalhe que tem induzido alguns telespectadores a cometerem o erro: o site do PlayPlus feito pela Record tem um endereço digital reduzido, pensado no mercado internacional, e se restringe ao "www.playplus.com". Normalmente, os sites brasileiros recebem o ".br" no final. E é neste momento em que toda a confusão ocorre.

Quando o internauta joga na barra de navegação o endereço www.playplus.com.br ele até encontra uma fazenda. Mas o "reality" exibido conta com pessoas peladonas, fazendo coisas que até Deus duvida, e praticando tarefas bem diferentes das impostas pelo time de Rodrigo Carelli.

Normalmente, quando um site brasileiro se lança oficialmente só com o domínio ".com", eliminando o ".br" de sua extensão, as equipes de tecnologia costumam comprar também a versão com o indicativo brasileiro porque sabe que muitos internautas, por hábito, digitam a extensão complementar por pura força de hábito. E normalmente, o internauta nem percebe que cometeu o equívoco, porque os sites estão preparados para serem redirecionados à página original.

Um exemplo que explica bem essa situação é a plataforma de streaming da Globo, que em todas as campanhas é anunciada apenas por seu nome, Globoplay. A URL original é "www.globoplay.globo.com", mas se o internauta digitar "www.globoplay.com" ou "www.globoplay.com.br", todas elas irão redirecionar para o verdadeiro site. E para que isso acontecesse, a emissora da família Marinho precisou comprar e registrar cada um destes domínios. Ou seja, houve um investimento prévio.

No caso do PlayPlus, isso não aconteceu. Não se sabe se quando o serviço de streaming foi lançado, o site de pornografia já existia sob o domínio ".br", ou se foi pura comida de bola da equipe de tecnologia, que não pensou nos hábitos de digitação dos internautas na hora de buscarem conteúdos na internet. Há também a possibilidade de ter sido uma medida de contenção de gastos.

Procurei a Record para ter essa resposta de maneira oficial, mas até agora a emissora não se manifestou. Também quis saber se existe algum processo em curso para tentar derrubar a página de conteúdo pornográfico e comprá-la para unificar essa demanda, mas também seguimos sem o posicionamento.

Portanto, enquanto essa situação estiver sem resolução, tome cuidado para não se assustar e acabar acessando o conteúdo de uma fazenda repleta de pessoas nuas transando em um paiol --ou no curral.

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