Cissa Guimarães diz que PMs cobraram R$ 10 mil para ajudar envolvidos na morte de seu filho
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Cissa Guimarães diz que PMs cobraram R$ 10 mil para ajudar envolvidos na morte de seu filho

Em uma entrevista reveladora ao Fantástico nesse domingo (3), Cissa Guimarães contou que Roberto Bussamra negociou R$ 10 mil para que dois policiais militares o ajudassem a adulterar a cena do atropelamento que matou seu filho, Rafael Mascarenhas, em 2010, no Rio de Janeiro. O homem pagou os agentes para que eles liberassem seu filho, Rafael de Souza Bussamra, e levassem o veículo que atropelou a vítima para uma oficina, antes que a investigação começasse. Na semana passada, a Justiça do Rio de Janeiro determinou a prisão dos dois réus, pai e filho.

"O cara corrompeu os policiais por R$ 1.000 para depois, no dia seguinte, dar R$ 9 mil, porque os [agentes] queriam R$ 10 mil. Esses policiais saíram da corporação, mas, meu Deus do céu, enquanto isso estava sendo discutido, quanto dinheiro era para ser dado, tinha uma pessoa morrendo", disse Cissa à reportagem.


E acrescentou sua opinião sobre a decisão da Justiça: "13 anos não são 13 dias. É o alívio da justiça ser feita e vencer essa batalha, que eu achei que tivesse sido vencida há tanto tempo. Mas eu nunca desisti. [Essa decisão significa] dignificar a vida dele e honrar a memória dele", relatou.

A artista também reforçou que lhe machuca o fato de os réus nunca tê-la procurado para pedir perdão e se desculpar. "Me dói muito é nunca ninguém da família ter me procurado, queria um pedido de perdão, tenho a impressão até de que eu perdoaria", contou, ressaltando que nunca teve vontade de procurá-los, que os encontrou uma vez em uma sessão no Tribunal, e eles "nem olharam" para ela.

A defesa de Rafael e Roberto Bussamra informou que os réus foram intimados pela polícia e vão se apresentar à Justiça dentro do prazo de 15 dias, contando a partir da última sexta-feira (29).

Dos crimes pelos quais foram acusados, prescreveram as acusações de fuga do local do acidente, participação de racha e adulteração de carro antes da investigação. Dos 12 anos e nove meses a que estava condenado, Rafael vai cumprir três anos e seis meses por homicídio culposo, quando não há a intenção de matar. Roberto, que foi condenado a oito anos e 11 meses, vai cumprir três anos e 10 meses por corrupção. Ambos vão cumprir no regime semiaberto.

* Texto de Lívia Carvalho
Lívia Carvalho é estudante de Jornalismo e apaixonada por cultura pop. Antes de entrar no time da coluna, foi produtora, apresentadora e repórter no programa Edição Extra, da TV Gazeta. Siga Lívia Carvalho no Instagram: @liviasccarvalho

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