Letícia Cazarré compara abalo emocional a estresse pós-traumático com o nascimento da caçula, Maria Guilhermina
Divulgação/Bella Pinheiro
Letícia Cazarré compara abalo emocional a estresse pós-traumático com o nascimento da caçula, Maria Guilhermina



Maria Guilhermina, filha do ator Juliano Cazarré e da jornalista Letícia Cazarré, veio ao mundo no dia 21 de junho de 2022 acometida de uma cardiopatia congênita rara chamada Anomalia de Ebstein. Na casa da família, no Rio de Janeiro, onde a criança também divide o lar com os irmãos Vicente, 11, Inácio, 10, Gaspar, 3, e Maria Madalena, 2, no térreo do imóvel foi montado o quartinho da caçula com uma UTI móvel.


Sob os cuidados das enfermeiras, que se revezam em plantões de 24 horas para cuidá-la, a doença causava aumento do átrio da bebê, levando a insuficiência cardíaca congestiva e fluxo insuficiente de sangue vermelho para o corpo. Logo que deixou a barriga da mãe, a pequena passou pela primeira das três cirurgias feitas em seu coração.

"Nos sete meses que ela passou internada, eu segurei firme na UTI e não chorava. Depois que voltei, que revi meus filhos, tudo o que vivi lá começou a assentar na minha cabeça e no meu coração", lembrou Letícia ao Gshow.

Após morar durante seis meses na UTI de um hospital em São Paulo, deixar os filhos sob os cuidados de Juliano e a contratação imediata de uma babá, ao retornar ao Rio para mais um mês no hospital, a jornalista se sentiu mudada.

"Cresci muito em paciência. A UTI neonatal é uma loucura! Um barulho 24 horas por dia, apitos, intercorrências, bebê chorando com dor... Eu dava plantão lá de 12 a 24 horas. Minha sorte é que ela é muito calminha. Vivi uma situação de muito estresse e nervosismo. Precisava ter paciência. Voltei transformada. Muito mais paciente com meus filhos, valorizando tudo", contou ela, que no hospital era obrigada a dividir o banheiro com mais 18 famílias.

Hoje o coração da Maria está curado. No entanto, cabe solucionar uma doença pulmonar crônica decorrente das várias complicações que a levaram a ser entubada. "Ela quase morreu várias vezes, inclusive com infecção hospitalar. Ela teve choque séptico duas vezes. Depois da alta, cheguei em casa do hospital com um recém-nascido cardiopata, pneumopata, neuropata e com uma série de complicações. A vida dela depende de mim", contou Letícia.

Além das enfermeiras, Maria Guilhermina faz sessões diárias de fisioterapia três vezes ao dia e é vigiada 24h pelas câmeras, que são espalhadas pela casa e permitem que as profissionais monitorem a neném.

*Texto de Lívia Carvalho
Lívia Carvalho é estudante de Jornalismo e apaixonada por cultura pop. Antes de entrar no time da coluna, foi produtora, apresentadora e repórter no programa Edição Extra, da TV Gazeta. Siga Lívia Carvalho no Instagram: @liviasccarvalho

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