A Justiça do Rio Grande do Sul rejeitou a alegação de pobreza de Andressa Urach e determinou que ela pague cerca de R$ 14 mil em honorários aos advogados da Igreja Universal do Reino de Deus.
A modelo declarou que foi "abduzida" pela Igreja após um problema grave de saúde e que, "iludida pelas promessas de solução espiritual", passou a contribuir financeiramente com a Universal entre 2015 e 2019, o que lhe teria causado "a perda desenfreada do seu patrimônio".
De acordo com as informações do colunista Rogério Gentile, do portal UOL, no processo, Andressa pedia que a Universal lhe pagasse uma pensão de R$ 12 mil enquanto a ação principal -- devolução das doações -- não fosse julgada.
O pedido, no entanto, foi negado. A influenciadora recorreu argumentando não ter condições de arcar com os valores sem prejudicar o seu sustento e o da sua família, afirmando ser uma pessoa "pobre".
O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul não aceitou a alegação. A desembargadora Walda Pierro, relatora do processo, afirmou na decisão que a modelo possui um patrimônio declarado de mais de R$ 900 mil.
A Universal disse à Justiça que o processo é um ato "maquiavelicamente" criado pela modelo para se promover. Disse que Andressa é ingrata e que ela ganhou muito dinheiro ao escrever um livro contando sobre a sua conversão espiritual e que fez as doações por livre vontade. "É evidente que tinha condições de discernir e poderia ter deixado de frequentar a igreja", afirmou a defesa da Universal no processo.
A Universal declarou que a modelo frequentou a igreja por mais de cinco anos e que o auxílio espiritual lhe trouxe "paz, conforto, mudança de vida, princípios, diretrizes tradicionais e ascensão financeira". A audiência está marcada para junho.
*Texto de Lívia Carvalho
Lívia Carvalho é estudante de Jornalismo e apaixonada por cultura pop. Antes de entrar no time da coluna, foi produtora, apresentadora e repórter no programa Edição Extra, da TV Gazeta. Siga Lívia Carvalho no Instagram: @liviasccarvalho