Amanda Meirelles confessa que vendia TCCs na época em que cursava medicina
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Amanda Meirelles confessa que vendia TCCs na época em que cursava medicina




Na noite de quarta-feira (19), Amanda Meirelles, participante do BBB 23 , admitiu, dentro do reality show da Globo, que vendia Trabalhos de Conclusão de Cursos, conhecidos como TCCs, na época em que cursava medicina na Faculdade Ingá - UNINGÁ. O ato, no entanto, é considerado por advogados como uma fraude e interpretado por muitos juízes como crime. 


Bruna Griphao chegou a questionar quanto a sister cobrava, mas Amanda se esquivou: "As pessoas já traziam os artigos, as coisas que queriam colocar [no trabalho]. E eu só montava, organizava", afirmou. Confira o trecho:


Durante o assunto, por diversas vezes, a câmera do pay-per-view mudou de ambiente justamente para o público não ter acesso à conversa – já que as falas se tornam cada vez mais incabíveis, com menções até mesmo sobre a deep web.

A produção do programa, então, acionou um alerta sonoro e ordenou que o bate-papo dos brothers sobre o tema acabasse por ali. "Tá vendo? É para parar", finalizou a médica, ciente de que o assunto poderia gerar problemas.

Vender TCC é crime?

Se é crime ou não, vai depender da interpretação do juiz. Comprar um TCC e mentir sobre sua autoria é fraude, e pode configurar como falsidade ideológica. Mas há quem veja a prática como estelionato, já que, a partir do TCC falso, o aluno obtém uma vantagem para conseguir o diploma. Outra acusação possível é a de plágio, caso quem venda o trabalho tenha copiado trechos de outros autores, sem citá-los devidamente.

Gustavo Monaco, presidente da Comissão de Pós-Graduação da Faculdade de Direito da USP, é taxativo ao avaliar a venda de TCC como um ato criminoso. "É uma prática ilícita", disse ele ao portal G1.

Sendo crime ou não, a prática é difícil de ser descoberta. O aluno pode demonstrar desconhecimento do próprio trabalho na apresentação. Ou ter uma conduta omissa ao longo da graduação, mas, no trabalho final, escrever algo (estranhamente) excepcional. No entanto, para provar tal ato, se não houver plágio (que atualmente é detectado por softwares especializados), a instituição tem poucos instrumentos para denunciar a fraude.

*Texto de Lívia Carvalho
Lívia Carvalho é estudante de Jornalismo e apaixonada por cultura pop. Antes de entrar no time da coluna, foi produtora, apresentadora e repórter no programa Edição Extra, da TV Gazeta. Siga Lívia Carvalho no Instagram: @liviasccarvalho

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