Agentes devem completar missões de forma ágil e sigilosa usando múltiplas habilidades para superar desafios. Atributo este que a atriz indiana Priyanka Chopra Jonas (Quântico) tem de sobra! Apesar de dominar o hindi, inglês e o italiano, interpretar a espiã Nadi Sinh incitou a famosa a ser fluente em sete idiomas, algo que, segundo ela, foi uma tarefa difícil, mas que ainda sim, foi concluída.
"Estava muito nervosa em interpretar uma espiã que fala fluentemente sete línguas como, mandarim, alemão, italiano, hindi, inglês, espanhol... Quando os escritores escrevem, eles não pensam em como é difícil que os atores tenham que fazer isso. Mas tínhamos três treinadores de dialetos no set. Eu senti um senso de responsabilidade porque acho que a série é muito autêntica sobre viajar pelo mundo e respeitar as diferentes culturas pelo que elas realmente são, o que eu não queria que parecesse uma farsa", disse a atriz à coluna.
Citadel é uma série global criada pela produtora de Joe e Anthony Russo (Vingadores: Guerra Infinita e Vingadores: Ultimato) e chega ao Prime Video, serviço de streaming da Amazon, dia 28 de abril, com episódios lançados semanalmente.
Gravada ainda na pandemia, a trama se tornou a segunda série mais cara da história da televisão, ficando atrás apenas de O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder – a produção contou com o orçamento de US$ 250 milhões em sua 1ª temporada.
A série global, partindo de um conceito criado por Jen Salke, constrói para si uma espécie de spy-verse. Deslocando-se dos galpões e cidades de Hollywood, a produção apresenta uma trama que seja cultural e socialmente múltipla – seguindo o próprio conceito da agência Citadel, uma recém destruída instituição de espionagem infiltrada ao redor do mundo.
Como é ser um espião?
Apesar de Priyanka afirmar que não conseguiria ser uma agente secreta na vida real por ser uma péssima mentirosa, a atriz ressaltou como viver uma espiã pode ser algo realmente assustador. "Este é um trabalho real, de pessoas reais. Sua vida está em jogo por outras pessoas. Você tem que usar máscaras e viver nessas situações perigosas o que, definitivamente, não acho que tenho coragem de fazer", afirmou a atriz, que é casada com o cantor Nick Jonas, do Jonas Brothers.
Para viver uma personagem que perdeu a memória, Chopra acrescentou: "Eu me apoiei em Joe e David e, na verdade, nos meus co-atores Richard Madden (Game Of Thrones), Stanley Tucci (O Diabo Veste Prada), para observar o que eles estavam trazendo para este spy-verse. Eu realmente entrei [na série] como uma lousa vazia porque eu queria interpretar ou criar algo que fosse diferente de qualquer outro filme de ação ou TV que eu já fiz antes", contou.
Já Stanley Tucci vive o gênio e habilidoso Bernard Orlick, que desenvolveu sistemas e tecnologias para derrubar organizações terroristas e governos estaduais nefastos, e destacou como ficou interessado em fazer parte do elenco pela complexidade do enredo e dos personagens.
"Eu apenas senti que eles estavam mudando um pouco o gênero [de espionagem] e acho que os cineastas usaram muito o aspecto técnico para criar esses mundos e eventos incríveis, mas também a complexidade dos personagens e a vida emocional. Os personagens são o que finalmente fundamenta e torna realmente interessante", disse.
Para Joe Russo, um dos produtores da série, viver um espião pode não ser a parte mais difícil, mas sim criá-los. "Pra mim foi uma das partes mais difíceis de exercitar: como atores ver como eles agem o que eu projetei. Você está pedindo para o ator fazer múltiplas versões deles mesmo e depois eles emergem essas versões" confessou.
Detalhes dos bastidores
Priyanka e Joe frisaram que o clima por trás das câmeras era bem confortável e que o elenco ria muito. "Quando você está passando tanto tempo juntos, precisa ser caloroso. É um amor que todos compartilham e que torna o projeto melhor", disse Russo. No entanto, apesar dos momentos de descontração, Stanley mencionou que, infelizmente para ele, a pandemia não deixou tudo tão divertido assim.
"Todo mundo usava máscaras o tempo todo. As pessoas estavam meio distantes socialmente então era um pouco frustrante. E isso muda a dinâmica em um set e não torna tão divertido. Então, eu gostaria de ter muitas histórias engraçadas para contar, mas não tenho. Seria apenas sobre você conhecer pessoas usando máscaras, o que não é tão engraçado", confessou.
*Texto de Lívia Carvalho
Lívia Carvalho é estudante de Jornalismo e apaixonada por cultura pop. Antes de entrar no time da coluna, foi produtora, apresentadora e repórter no programa Edição Extra, da TV Gazeta. Siga Lívia Carvalho no Instagram: @liviasccarvalho